O filme Futuro Futuro, dirigido por Davi Pretto, foi o grande vencedor do 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O anúncio foi feito neste sábado (20/9), durante a cerimônia de encerramento, que marcou o fim de mais uma edição do festival mais longevo do país.
A trama do longa se passa em um futuro próximo, onde os avanços em inteligência artificial coexistem com o surgimento de uma nova síndrome neurológica. Um homem de 40 anos, chamado K, sem memória, é acolhido por um clickworker solitário de 60 anos, na parte empobrecida de uma chuvosa cidade brasileira.
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Após usar um viciante dispositivo de IA em um curso para pessoas com a estranha síndrome, K embarca em uma jornada trágica e absurda em busca de seu lugar no mundo.
Na Mostra Brasília, em disputa pelo 27º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal, os filmes vencedores foram revelados. O grande destaque foi Maré Viva, Maré Morta, de Cláudia Daibert, eleito melhor longa tanto pelo júri oficial quanto pelo júri popular, além de levar o prêmio de melhor edição de som e o Prêmio Sesc.
Entre os curtas, o vencedor foi Laudelina e a Felicidade Guerreira, que conquistou o Candango de melhor filme pelo júri oficial, além dos prêmios de Melhor Montagem e dos júris da crítica Zózimo Bulbul e Abraccine. Couraça foi o favorito do público. Outros destaques incluíram Replika (Melhor Edição de Som e Direção) e A Pele do Ouro (Melhor Roteiro e Fotografia).
A cerimônia de encerramento, comandada pelas atrizes Maeve Jinkings e Barbara Colen, foi marcada por emoção, celebração do cinema brasileiro, manifestações pela regulação do streaming e menções de “sem anistia”.
Veja a lista completa de vencedores:
MOSTRA BRASÍLIA – 27º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal
● Prêmio SESC-DF de Cinema: Maré Viva, Maré Morta, de Cláudia Daibert; Rainha, de Raul de Lima; Dois Turnos, de Pedro Leitão; e O Cheiro do seu Cabelo, de Clara Maria Matos
● Melhor Montagem: Raul de Lima (Rainha)
● Melhor Edição de Som: Olivia Hernandez (Maré Viva, Maré Morta)
● Melhor Trilha Sonora: C-Afrobrasil (Rainha)
● Melhor Direção de Arte: Douglas Queiroz (A Última Noite da Rádio)
● Melhor Fotografia: Elder Miranda Jr (Dois Turnos)
● Melhor Ator: Leonardo Vieira Teles (A Última Noite da Rádio)
● Melhor Atriz: Tuanny de Araújo (Terra e Notas Sobre a Identidade)
● Melhor Roteiro: Clara Maria Matos (O Cheiro do Seu Cabelo)
● Melhor Direção: Edileuza Penha e Edymara Diniz (Vozes e Vãos)
● Melhor Curta-Metragem (Júri Oficial): Três, de Lila Foster
● Melhor Curta-Metragem (Júri Popular): Rainha, de Raul de Lima
● Melhor Longa-Metragem (Júri Oficial): Maré Viva, Maré Morta, de Cláudia Daibert
● Melhor Longa-Metragem (Júri Popular): Maré Viva, Maré Morta, de Cláudia Daibert4
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL – CURTA-METRAGEM – Troféu Candango
● Melhor Montagem: Laudelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini
● Melhor Edição de Som: Replika, de Piratá Waurá e Helisa Passos
● Melhor Trilha Sonora: Paulo Gama (Ajude os Menor)
● Melhor Direção de Arte: Rosana Urbes (Safo)
● Melhor Fotografia: Daniel Tancredi (A Pele do Ouro)
● Melhor Ator: Os 4 “Menor” (Ajude os Menor)
● Melhor Atriz: Laís Machado (Couraça)
● Melhor Roteiro: Patri, Marcela Ulhôa, Daniel Tancredi e Yare Perdomo (A Pele do Ouro)
● Melhor Direção: Piratá Waurá e Heloísa Passos (Replika)
● Melhor Curta-Metragem (Júri Oficial): Laudelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini
● Melhor Curta-Metragem (Júri Popular): Couraça, de Susan Kalil e Daniel Arcades
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL – LONGA-METRAGEM – Troféu Candango
● Melhor Montagem: Bruno Carboni (Futuro Futuro)
● Melhor Edição de Som: Bruno Alves (Corpo da Paz)
● Melhor Trilha Sonora: Haley Guimarães (Corpo da Paz)
● Melhor Direção de Arte: Romero Sousa (Corpo da Paz)
● Melhor Fotografia: Rodolpho Barros (Corpo da Paz)
● Melhor Ator: Murilo Benício (Assalto à Brasileira)
● Melhor Atriz: Dhara Lopes (Quatro Meninas)
● Melhor Ator Coadjuvante: Christian Malheiros (Assalto à Brasileira)
● Melhor Atriz Coadjuvante: Maria Ibrain (Quatro Meninas)
● Melhor Roteiro: Davi Pretto (Futuro Futuro)
● Melhor Direção: Karol Maia (Aqui Não Entra Luz)
● Melhor Longa-Metragem (Júri Oficial): Futuro Futuro, de Davi Pretto
● Melhor Longa-Metragem (Júri Popular): Assalto à Brasileira, de José Eduardo Belmonte
● Prêmio Especial do Júri: Quatro Meninas, de Karen Suzane
● Menção Honrosa do Júri: Zé Maria Pescador (Futuro Futuro)
MOSTRA CALEIDOSCÓPIO – Troféu Candango
● Melhor Filme (Júri FIPRESCI – Federação Internacional de Críticos de Cinema): Uma Baleia Pode Ser Despedaçada Como uma Escola de Samba, de Marina Meliande e Felipe Bragança
● Melhor Filme – Prêmio Jean-Claude Bernardet (Júri Jovem UnB): Atravessa Minha Carne, de Marcela Borela
PRÊMIOS ESPECIAIS
● Melhor Filme de Temática Afirmativa (Júri CODIPIR – Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial): Laudelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini
● Prêmio Canal Brasil de Curtas (Melhor Curta-Metragem): Couraça, de Susan Kalil e Daniel Arcades
● Prêmio Canal Like (Melhor Longa-Metragem Júri Oficial): Futuro Futuro, de Davi Pretto
● Troféu Saruê Correio Brasiliense (Melhor Momento do Festival): José Eduardo Belmonte
● Prêmio Marco Antônio Guimarães (Melhor uso de material de memória, pesquisa e arquivo – Júri CPCB): Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil, de Evaldo Mocarzel
● Melhor Curta-Metragem (Júri da Associação Brasileira dos Críticos de Cinema): Laudelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini
● Melhor Longa-Metragem (Júri da Associação Brasileira dos Críticos de Cinema): Morte e Vida Madalena, de Guto Parente
● Prêmio Zózimo Bulbul de Melhor Curta-Metragem (Júri APAN e Centro Afrocarioca de Cinema): Laudelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini
● Prêmio Zózimo Bulbul de Melhor Longa-Metragem (Júri APAN e Centro Afrocarioca de Cinema): Aqui Não Entra Luz, de Karol Maia
● Menção Honrosa Zózimo Bulbul: Cantô meu Alvará, de Marcelo Lin