O general Mario Fernandes, réu por integrar um dos núcleos da tentativa de golpe de Estado, pediu nesta quinta-feira (25/8) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorização para receber a visita de sobrinhos e noras.
Mario está preso desde novembro do ano passado em uma cela militar no Rio de Janeiro e, em interrogatório no STF, admitiu ter sido o autor do documento denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que mencionava a morte de autoridades como o próprio Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
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Os advogados solicitaram a permissão para que sete familiares do general e um estagiário do escritório de defesa possam visitá-lo, tanto de forma presencial quanto remota.
“A visitação é um direito do preso, conforme assegurado pelo artigo 41, inciso X, da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84), que prevê o recebimento de visitas do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos. Tal direito é essencial para a manutenção dos laços familiares e para a ressocialização do custodiado”, diz a defesa.
General Mario Fernandes deixou fotos na nuvem
Polícia Federal
General Mario Fernandes, das Forças Especiais
Reprodução
O general Mario Fernandes
Reprodução
Isac Nóbrega/PR
General Mario Fernandes deixou fotos na nuvem
Polícia Federal
Réu
Mario é réu na ação penal que investiga uma suposta trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. Ao juiz Rafael Henrique Tamai Rocha, auxiliar no gabinete de Moraes, o general afirmou que o documento estava digitalizado e que se tratava de um “compilado de dados, um pensamento, uma análise de riscos”.
“Esse arquivo digital nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilado de dados, um pensamento, uma análise de riscos. Esse pensamento digitalizado não foi compartilhado com ninguém”, disse. “Eu garanto, neste momento, que se o meu HD fosse extraído, em nada acrescentaria ao processo. Esse arquivo é absolutamente descontextualizado”, completou Mario.
O general prosseguiu dizendo que o material não passa de “um pensamento digitalizado” e afirmou: “Hoje, me arrependo de ter digitalizado isso”. Mario destacou que não compartilhou o conteúdo com ninguém — ou seja, era de consumo próprio.