Goiânia – Uma mulher foi resgatada após passar quatro dias em cárcere privado, sendo torturada, ameaçada de morte e obrigada a fazer as tarefas domésticas em uma casa usada como ponto de drogas, no Bairro Novo Horizonte, em Itumbiara (GO). De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o crime teria sido motivado por uma dívida de R$ 1,8 mil em entorpecentes.
O resgate da vítima ocorreu nessa quinta-feira (11/9). Segundo a corporação, o imóvel usado como cativeiro era monitorado após uma denúncia recebida pelo Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc). O local tinha intensa movimentação de usuários de drogas e era apontado como ponto de tráfico.
A vítima foi encontrada visivelmente abalada e ferida, segundo a PCGO. Duas mulheres acabaram presas em flagrante.
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À corporação, a mulher relatou que havia ido ao local no começo deste mês para comprar drogas, quando levou quase R$ 2 mil em entorpecentes que estavam sobre a mesa.
Momentos depois, as suspeitas, identificadas apenas pelos primeiros nomes, Michelle e Aline, deram falta dos produtos ilícitos e acusaram a vítima de furto. “Elas disseram que eu roubei. Eu comprei, usei e sumi. Quando foi domingo, elas me buscaram. Lá, começou tudo”, relatou.
A vítima disse aos investigadores que foi retirada à força da casa de uma amiga no domingo (7/9) e levada para a residência de Michelle, acompanhada da comparsa Aline e de um homem identificado como Jotinha. A partir daí, começou o período de violência.
Durante o período em que esteve presa, a mulher contou que foi espancada com uma tábua de cortar carne, facas, um pedaço de bambu e capacetes. Também foi coagida a ligar para a filha pedindo dinheiro. “Forçaram ontem a ligar para a minha filha pedindo R$ 1,8 mil. Disseram que, se ela não pagasse, hoje eu ia morrer”, contou.
Michelle e Aline foram presas em flagrante e autuadas por tortura, cárcere privado e tráfico de drogas. Elas foram encaminhadas ao presídio de Itumbiara. A vítima recebeu atendimento médico e deve ser novamente ouvida para detalhar as agressões.
A Polícia Civil investiga se outras pessoas participaram do crime.