O Governo Federal identificou três novas drogas em circulação no Brasil. De acordo com o Sistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR), duas das substâncias foram encontradas em um produto industrializado estrangeiro, o Magic Mushroom Gummies (“gomas de cógumelos mágicos”), da marca TRE House. Embora sejam inéditas em solo brasileiro, essas drogas já haviam sido detectadas em países, como Chile, Canadá e Bélgica.
A terceira substância é o N-pirrolidino protonitazeno, um opióide sintético, da classe dos Nizatenos, que foi identificado nos exames de um usuário em Campinas (SP). Essa já havia sido verificada no Canadá, França e Alemanha.
As três substâncias foram incluídas nos controles nacionais 19 dias após a notificação da circulação das drogas no Brasil, prazo considerado ágil e eficaz pelo SAR, que também monitora as tendências de consumo dessas drogas, a fim de auxiliar políticas públicas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também já incluiu as substâncias na lista de psicotrópicos proibidos.
A Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, destacou a importância do sistema: “Com o SAR, reforçamos o controle das substâncias que circulam, e isso é fundamental tanto do ponto de vista do enfrentamento aos mercados ilegais, quanto do ponto de vista da prevenção no campo da política sobre drogas”, afirmou.
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O que é o Sistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR)
O Sistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR) é uma rede multidisciplinar responsável por monitorar a emergência e a circulação de novas substâncias psicoativas no Brasil, que representem ameaças à saúde e à segurança pública, para gerar alertas rápidos, informes e outros documentos científicos sobre o tema.
A ferramenta é um dos subsistemas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Criado em 2021, inicialmente em caráter experimental, é um órgão subordinado ao Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (Sisnad), gerenciado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (SENAD).
Em 2024, o MJSP anunciou a institucionalização do SAR em caráter definitivo e ampliou seu comitê, que passou a incluir representantes do Ministério da Saúde, pesquisadores e organizações da sociedade civil. E no início de 2025, foi permanentemente vinculado ao Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (Obid).