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    Governo limita contato de autoridades com defesa do Brasil nos EUA

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    O escritório de advocacia contratado pelo governo Lula para tentar reverter, nos Estados Unidos, as sanções de Donald Trump  contra o Brasil não pode, por contrato, se comunicar com autoridades brasileiras sem autorização.

    No contrato obtido pela coluna por meio da Lei de Acesso à Informação, fica explícito quais autoridades se comunicarão com o escritório Arnold & Porter Kaye Scholer LLP, contratado pela Advocacia-Geral da União.

    3 imagensO presidente LulaO presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso na ONUFechar modal.1 de 3

    Presidente Lula na ONU

    Alexi J. Rosenfeld/Getty Images2 de 3

    O presidente Lula

    Samuel Pancher/Metrópoles3 de 3

    O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso na ONU

    Taylor Hill/Getty Images

    “É vedada a comunicação do Escritório com outras autoridades brasileiras além das enumeradas na Cláusula 2.1 ou com representantes de países estrangeiros e órgãos de imprensa, em assuntos relacionados direta ou indiretamente a este Contrato, salvo prévia autorização da AGU”, diz o contrato.

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    Pelo acordo, o escritório será instruído somente pelo advogado-geral da União — no caso, o ministro Jorge Messias —, pelo procurador-geral da União e pelo procurador nacional da União de Assuntos Internacionais da AGU. Os órgãos podem, ainda, designar outras pessoas, por escrito, para entrar em contato com o escritório.

    Caso a regra seja descumprida, poderão ocorrer “penalidades”, que vão de advertência a multa de 0,2% a 1% do valor total do contrato, de 3,5 milhões de dólares, e até a extinção contratual com a restituição dos valores pagos.