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Homem é acusado de tentativa de homicídio após jogar pedra em ônibus

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Homem é acusado de tentativa de homicídio após jogar pedra em ônibus

O homem que arremessou uma pedra contra um ônibus e feriu gravemente uma passageira, na Avenida Washington Luís, no Campo Belo, zona sul de São Paulo, foi acusado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por tentativa de homicídio. O caso aconteceu no dia 27 de junho passado.

Na avaliação do promotor Rodolfo Morais, o homem — que está preso — agiu por motivo fútil, assumiu o risco de letalidade e impossibilitou a defesa da vítima, atingida de forma inesperada.

“Era plenamente previsível que, ao lançar um objeto contundente e pesado contra a janela de um ônibus em movimento, na altura da cabeça dos passageiros, poderia atingir fatalmente um deles. A conduta de arremessar a pedra em tais circunstâncias demonstra que o denunciado anuiu com a possibilidade da morte, sendo-lhe indiferente a vida e a integridade física de todos que ali estavam”, diz o promotor no documento.

Além da acusação por homicídio, o MPSP determinou indenização mínima de R$ 50 mil à vítima.

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Em um vídeo registrado pelas câmeras de segurança do coletivo, é possível ver o momento em que ela é atingida e o seu desespero (veja abaixo).



 

Relembre o caso

Ataques a ônibus

Desde o início de junho, a Prefeitura de São Paulo registrou mais de 600 casos de ataques a ônibus na cidade. Após dois meses e meio, a gestão municipal diz que a onda de ataques chegou ao fim. A Polícia Civil, no entanto, ainda não esclareceu o caso, e diz não descartar nenhuma hipótese.

Segundo a SPTrans, o número de ocorrências de depredação ou dano ao transporte público “entrou no quadro regular”. Atualmente, a média diária de casos é de 3,6, mesmo patamar do período anterior aos ataques, iniciados em 12 de junho. “Em julho, por exemplo, no auge das depredações, a média diária chegou a 12,9 casos”, afirmou a SPTrans.

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A pasta atribui o “fim” da onda de ataques à presença de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) nos ônibus. No fim de julho, a Prefeitura de São Paulo colocou 200 guardas para atuar dentro dos coletivos em locais com registros de vandalismo.

Crimes sem solução

Apesar dos mais de mil ataques registrados em toda a região metropolitana de São Paulo, a Polícia Civil ainda não conseguiu esclarecer a causa nem identificar todos os envolvidos na onda de ataques a ônibus. Oficialmente, a corporação diz que “nenhuma linha de investigação é descartada”.

A prisão de mais destaque no curso das investigações foi a do servidor público Edson Aparecido Campolongo, apontado como autor de 17 ataques. O irmão dele, Sergio Aparecido Campolongo, participou de ao menos dois ataques e também foi preso. À polícia, Edson afirmou que cometeu os atos para “consertar o Brasil” e “tirar o país do buraco”, mas reconheceu que “fez merda” e que “não tem nada a ver o que fez”.

Para a investigação, o fato de ter realizado o vandalismo em série o diferencia dos demais suspeitos detidos em meio à onda de ataques, os quais foram flagrados em atos individuais. O diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Ronaldo Sayeg, apontou como linhas de investigação uma suposta briga entre sindicatos ou empresas de ônibus que perderam contratos.

A hipótese de desafios de internet chegou a ser considerada, mas perdeu força e foi descartada. Oficialmente, a Polícia Civil não descarta nenhuma linha de investigação, como afirmou a Secretaria da Segurança Pública (SSP), em nota.

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