Um homem foi preso neste sábado (20/9), em Arujá, na Grande SP, por manter uma família de origem boliviana em condições análogas à escravidão dentro de uma oficina de costura. A mulher, o marido e dois filhos menores estavam há três meses sem receber salários, com jornadas de até 16 por dia, com pouca comida.
Integrantes do 31º Batalhão foram até o local, na Rua Gaivota, após a mulher conseguir acionar a Polícia Militar (PM). Ela relatou que o responsável pela oficina de costura, que é seu parente, custeou a vinda de todos para o Brasil, mas não pagava salários sob a desculpa de que o dinheiro serviria para bancar uma dívida relacionada às passagens e demais despesas decorrentes da viagem.
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Além das jornadas de 16 horas por dia, a família era obrigada a dormir na própria oficina de costura. O responsável fornecia apenas restos de frango como alimento e, mesmo assim, apenas para os adultos.
Segundo a PM, o suspeito alegou que não pagava os parentes justamente por causa da dívida decorrente da viagem.
Os policiais prenderam o responsável pela oficina de costura em flagrante pelo artigo 149 do Código Penal, que prevê punição para reduzir alguém à condição análoga à de escravo.