Risatti César Fonseca Soares (foto em destaque), 30 anos, preso pela Polícia Civil do Amazonas (PCAM) na madrugada desta quinta-feira (4/9) após fingir ter sido sequestrado, enviou mensagens aos familiares se passando por criminosos e ordenando que os parentes separassem “bastante dinheiro”.
Após ter sua farsa descortinada por investigadores que invadiram o suposto cativeiro e o encontraram dormindo tranquilamente, Risatti confirmou ter feito falsa comunicação de crime e alegou que articulou a situação porque seu namorado estava devendo dinheiro a traficantes e precisava de dinheiro para quitar os valores.
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Desaparecimento e sequestro
Segundo o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), a equipe tomou conhecimento do caso por meio de uma denúncia feita pelos familiares de Risatti, que informaram que ele teria sido sequestrado na saída da faculdade, na terça-feira (2/9).
A denúncia afirmava que os supostos sequestradores haviam enviado mensagens solicitando dinheiro para libertá-lo com vida, além de um vídeo mostrando Risatti sendo torturado.
“Iniciamos as investigações imediatamente, com o objetivo de localizar os autores, prendê-los e resgatar a suposta vítima.”
Em posse de informações sobre o suposto paradeiro de Risatti, equipes se dirigiram, por volta de meia-noite desta quinta (4), até o local com agentes da Secretaria-Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai). “Estouramos o cativeiro e, para surpresa de todos, encontramos Risatti dormindo no local, sem sinais de que havia sido sequestrado, muito menos torturado,” informou Cunha.
Os policiais acharam a situação estranha, e então Risatti confessou que havia criado toda a encenação porque o namorado estava devendo dinheiro a pessoas ligadas ao tráfico de drogas. Nas mensagens, ele havia deixado claro que os familiares precisariam separar “bastante dinheiro”, mas não chegou a especificar o valor.
Uma mulher, Priscila Siqueira Lucena, de 42 anos, também foi presa. A dupla foi detida no bairro Colônia Terra Nova, zona norte de Manaus (AM).
Priscila e Risatti responderão por extorsão e comunicação falsa de crime. Eles passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça. A participação da mulher no crime não foi devidamente esclarecida pela polícia.