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ICMS: ex-fiscal denunciado tinha certificado digital de rede de postos

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ICMS: ex-fiscal denunciado tinha certificado digital de rede de postos

Denunciado por receber propina para inflar créditos de ICMS de empresas, o ex-auditor Alberto Toshio Murakami tinha acesso ao certificado digital da Rede 28, empresa de postos de combustíveis. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) não denunciou os sócios da rede pois negocia acordo de colaboração.

Administrada pelo empresário Paulo César Gaieski, a Rede 28 teria se beneficiado com o ressarcimento de mais de R$ 15 milhões. Em troca, Gaieski admitiu ter pago mais de R$ 6,6 milhões em propina à máfia de auditores fiscais suspeitos de movimentar bilhões em esquema.

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Segundo os investigadores do Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos (Gedec), o acesso ao certificado digital “torna evidente a participação criminosa do ex-fiscal”.

Aposentado em janeiro deste ano, Alberto Murakami seguiu participando do esquema até agosto, “facilitando o ressarcimento indevido de créditos de ICMS para as empresas Ultrafarma e Rede 28”.

Provas e investigação

Mensagens do ex-servidor da Secretaria da Fazenda de São Paulo mostram que Murakami era acionado diretamente por funcionários da rede de farmácias, uma das principais empresas beneficiadas no esquema.

“Verificou-se, por mensagens presentes nos autos, que o diretor fiscal da Ultrafarma acionava tanto Artur quanto Alberto sempre que a empresa era notificada pela Fazenda estadual a apresentar documentos, contando com o auxílio de ambos para a resolução das pendências”, diz a investigação.

As provas mostram, ainda, que os fiscais recebiam propina separadamente dos postos de gasolina da Rede 28 e tinham as senhas de acesso de todos os locais. Foram demonstrados pagamentos de 18 postos.

Quem já foi denunciado

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