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Interrompida por Dino, Cármen reage: “Nós ficamos 2 mil anos caladas”

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Interrompida por Dino, Cármen reage: “Nós ficamos 2 mil anos caladas”

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, foi interrompida durante seu voto no julgamento que analisa a responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados em uma suposta trama golpista, na Primeira Turma da Suprema Corte. Na ocasião, a ministra falava sobre um livro, quando o ministro Flávio Dino pediu a palavra.

“Ministra Cármen, Vossa Excelência me concede um aparte?”, interrompeu o magistrado. A  ministra, então, pediu que a intervenção do ministro fosse rápida.

Ela disse: “Todos [podem falar], desde que rápidos, porque também nós mulheres ficamos dois mil anos caladas e queremos ter o direito de falar”, respondeu a ministra. “Mas, concedo, como sempre. Está no regimento do Supremo, debate faz parte dos julgamentos. Tenho o maior gosto em ouvir, eu sou da prosa”, prosseguiu.

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Veja o trecho:

O julgamento do ex-presidente e outros sete réus foi retomado por volta das 14h desta quinta-feira (11/9). O placar geral está em 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro.

Acompanhe:

O relator, Alexandre de Moraes, e o ministro Flávio Dino votaram a favor da condenação de todos os acusados, enquanto Luiz Fux divergiu e absolveu a maior parte dos réus, incluindo o ex-presidente. Nesta quinta-feira, após Cármen Lúcia, quem vota é o presidente da Turma, Cristiano Zanin.

A condenação depende de maioria simples, ou seja, três dos cinco votos. Se Cármen Lúcia se alinhar a Moraes e Dino, a maioria já estará formada, independentemente da posição de Zanin. A mesma regra vale para a absolvição de Bolsonaro, que segue em aberto, diante da configuração do placar.

 

Veja quem são os réus do chamado “núcleo crucial” da trama golpista:

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