O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), se reunirá na noite desta quinta-feira (11/9) com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), para discutir o Projeto de Lei da Anistia.
A oposição pressiona para o texto ser pautado na próxima semana, especialmente após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na trama golpista.
Sóstenes descartou a possibilidade de uma anistia mais “light”, na qual Bolsonaro continuaria inelegível, mas não cumpriria pena. O deputado reforçou a defesa de uma “anistia ampla e irrestrita”.
Na prática, a medida poderia incluir o perdão de todos os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, desde supostos participantes diretos até possíveis mentores intelectuais e o próprio Bolsonaro, sem restrições quanto ao tipo de crime ou responsabilidade.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirma que ainda não há previsão para a votação nem para a escolha do relator do PL da Anistia. Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ressalta que, caso a proposta seja votada, será um texto de sua autoria, mas sem contemplar o ex-presidente.
PP e União apoiam
O desembarque do União Brasil e do PP do governo aumentou a possibilidade de uma anistia ser votado no Congresso.
Ministros como Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte) podem deixar o governo, mas os postos do segundo escalão indicados pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) e por Alcolumbre devem permanecer sem alterações. Isso permite que esses partidos apoiem a anistia sem comprometer a base governista.