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    Líderes do Hamas discutiam cessar-fogo no momento do ataque, diz Egito

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    A presidência do Egito informou, nesta terça-feira (9/9), que líderes do Hamas estavam reunidos em Doha, no Catar, para discutir meios de alcançar um acordo de cessar-fogo com Israel, quando se tornaram alvos do ataque.

    Segundo o comunicado egípcio, “o ataque constitui uma flagrante violação do direito internacional e dos princípios de respeito à soberania dos Estados e à sua inviolabilidade territorial”.

    O que aconteceu?

    • O Exército israelense atacou, nesta terça-feira (9/9), a sede do escritório político do grupo palestino Hamas em Doha, no Catar. O exército informou, mais cedo, que realizou um ataque contra a organização, sendo um ataque “preciso”, visando a liderança da “organização terrorista”.
    • Ainda segundo o exército, os alvo do ataque “lideraram as atividades terroristas do Hamas por anos e são diretamente responsáveis pelo massacre de 7 de outubro e pela gestão da guerra contra Israel”.
    • As forças israelenses afirmaram que vão manter as ações, junto à Agência de Inteligência de Israel, contra o Hamas.
    • O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que o ataque realizado em Doha, com alvos membros da liderança do Hamas, teve total responsabilidade de Israel.

    Ainda de acordo com a presidência, a ofensiva é perigosa e inaceitável, sendo considerada “um ataque direto à soberania do Estado do Catar, que desempanha um papel fundamental nos esforços de mediação para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza”.

    O Catar é um dos principais mediadores nas negociações para um acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel. Até o momento, as negociações ainda estão em andamento, com a participação dos Estados Unidos.

    “O Egito considera que esta escalada prejudica os esforços internacionais que visam acalmar a situação e ameaça a segurança e a estabilidade em toda a região”, informou o governo.

    Segundo o exército israelense, os alvo do ataque “lideraram as atividades terroristas do Hamas por anos e são diretamente responsáveis pelo massacre de 7 de outubro e pela gestão da guerra contra Israel”.

    As forças israelenses afirmaram que vão manter as ações, junto à Agência de Inteligência de Israel, contra o Hamas.

    “Ataque criminoso”

    O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, emitiu uma declaração no X, em resposta ao ataque. Segundo o porta-voz,”este ataque criminoso constitui uma violação flagrante de todas as leis e normas internacionais e representa uma séria ameaça à segurança dos catarianos e residentes no Catar”.

    “O Ministério afirma que as forças de segurança, a defesa civil e as autoridades competentes começaram imediatamente a lidar com o incidente e a tomar as medidas necessárias para conter suas repercussões e garantir a segurança dos moradores e das áreas vizinhas”, afirmou Ansari.

    O porta-voz também afirmou que, embora condene o ataque, “não tolerará este comportamente israelense imprudente e a contínua perturbação da segurança regional, nem qualquer ato que vise sua segurança e soberania”. Uma investigação foi aberta e está em andamento.