O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou, nesta quinta-feira (11/9), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de serviçal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O governador tem se movimentado em favor da votação de um projeto que prevê um perdão ao ex-chefe do Executivo, com o objetivo de herdar os votos de Jair Bolsonaro em uma possível candidatura ao Palácio do Planalto, em 2026.
Durante as manifestações de 7 de setembro, Dia da Independência, Tarcísio de Freitas subiu em um trio elétrico e criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”, disse o governador de São Paulo.
“Ele não poderia falar o que ele falou do Alexandre de Moraes. O que o Tarcísio demonstrou ali? O Tarcísio demonstrou que ele não é nada mais, nada menos que um serviçal do Bolsonaro. Ele demonstrou isso”, pontuou o presidente Lula, em entrevista à Band.
Leia também
-
Anistia: com condenação de Bolsonaro, PL espera Tarcísio de novo no DF
-
Como ministros do STF alinhados a Bolsonaro viram a fala de Tarcísio
-
Tarcísio virou articulador da anistia para não ser “Dilma de Bolsonaro”, diz aliado
-
A promessa de Tarcísio para reta final do julgamento de Bolsonaro
O titular do Palácio do Planalto complementou que o governador de São Paulo tem um comportamento dúbio, se comportando de uma forma quando está com o petista e de outra quando não está.
“Eu já estive com o Tarcísio algumas vezes, até convidei ele para almoçar comigo, aqui no Palácio [do Alvorada], ele almoçou comigo. Ora, ele comigo fala uma coisa muito simpático, tudo, e por detrás ele só fala mal”, afirmou Lula.
Embora ainda evite assumir publicamente a condição de pré-candidato, Tarcísio tem atuado pela aprovação da anistia ao ex-presidente, tema que está parado na Câmara dos Deputados, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB).
A Primeira Turma do STF condenou, nesta quinta, o ex-presidente Bolsonaro e outros sete anos por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O ex-chefe do Executivo foi sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão.