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    Lula faz reunião com países do Brics e defende multilateralismo

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    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu líderes dos países do Brics em uma vídeoconferência, na manhã desta segunda-feira (8/9), para tratar do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; da defesa do multilateralismo e reforma da governança global; das guerras; da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30); e de outros temas.

    Participaram do encontro os presidentes da China, Xi Jinping; da África do Sul, Cyril Ramaphosa; da Rússia, Vladimir Putin; o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan; entre outros líderes.

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    Segundo um comunicado divulgado pelo Palácio do Planalto, os líderes reafirmaram “compromisso com a preservação e o fortalecimento do multilateralismo”, além de defenderem a reforma de organismos globais, a exemplo das Nações Unidas (ONU).

    “Os países do bloco realizaram um balanço abrangente da atual situação mundial. Houve consenso sobre a necessidade de avançar rumo a uma ordem internacional mais justa, equilibrada e inclusiva, capaz de refletir as transformações em curso e responder de maneira mais eficaz às demandas do Sul Global”, informa a nota.

    Ainda segundo o Planalto, os países compartilharam visões sobre como reagir aos “riscos associados ao recrudescimento de medidas unilaterais, inclusive no comércio internacional”, e debateram ampliar a cooperação comercial entre os membros do Brics.

    Convocação de Lula

    O encontro foi convocado pelo presidente brasileiro, após os Estados Unidos oficializarem as tarifas de 50% sobre exportações. Nas últimas semanas, Lula tem intensificado o contato com líderes estrangeiros em busca de marcar posição contra o tarifaço imposto por Washington e ampliar parcerias comerciais.

    O titular do Palácio do Planalto conversou, por exemplo, com Xi Jinping, Vladimir Putin, Emmanuel Macron (França) e Narendra Modi, além de ter recebido no Brasil chefes de Estado do Panamá, Equador e Nigéria em Brasília.

    As medidas de Donald Trump tiveram destaque na cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro, em julho. Naquele momento, os 11 países do bloco divulgaram uma declaração conjunta criticando o “aumento indiscriminado de tarifas” e medidas protecionistas, embora sem menção direta aos Estados Unidos.

    No dia seguinte, Donald Trump reagiu ameaçando taxar em 10% países que se alinhassem às “políticas antiamericanas” do grupo.