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Maduro acusa EUA de mandar navios para “colonizar” a América do Sul

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Maduro acusa EUA de mandar navios para “colonizar” a América do Sul

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os Estados Unidos de usarem uma falsa narrativa para justificar a ação militar em águas internacionais, no Caribe. Para o líder chavista, o verdadeiro objetivo do país norte-mericano é “colonizar” a América do Sul. O líder venezuelano fez as declarações  durante uma  nessa segunda-feira (9/9).

“O atual governo dos Estados Unidos está fazendo é um relato mentiroso para justificar uma ação militar, iniciar uma guerra na América do Sul para mudanças de regime e colonizar a Venezuela. Colonizando a Venezuela, coloniza o Caribe, a América do Sul e além. Eles não são superiores a ninguém”, declarou Maduro durante entrevista ao veículo de comunicação RT.

Maduro alega que a justificativa dos EUA, de empreender uma ação naval nas costas venezuelanas com o objetivo de acabar com o narcotráfico, é um “relato mentiroso”. O líder venezuelano alega que a Venezuela  “sempre enfrentou” a rota de narcotráfico  e afirmou que o objetivo do presidente dos EUA, Donald Trump é exercer domínio na América do Sul.

A mobilização naval foi ordenada após os EUA classificarem Maduro como chefe do cartel de drogas de Los Soles e aumentarem a recompensa por sua prisão para US$ 50 milhões. Recentemente, uma ofensiva  norte-americana a um navio no Caribe deixou 11 mortos. O governo Trump afirma que o barco atingido era composto por “narcoterroristas” venezuelanos da facção Tren de Aragua.

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Na visão do mandatário venezuelano, Trump usa falsa narrativa da política de drogas norte-americanas para “invadir” as costa venezuelanas, roubar as riquezas da Venezuela, sobretudo o petróleo e derrubar o governo de Maduro.

“O que os EUA buscam é petróleo, gás, não tráfico de drogas . A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo e a quarta maior reserva de gás”. “Existe o Cartel do Norte, que é clandestino. 85% dos bilhões movimentados anualmente pelo tráfico internacional de drogas estão em bancos americanos. É lá que o cartel está. Deixem que investiguem e o desvendem”, afirmou.

Nessa segunda (9/9), o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, esteve em Porto Rico, península situada no Caribe. Maduro obsevou as movimentações e teme aos ataques norte-americanos. “Bem, têm oito navios agora, mil e duzentos mísseis apontando em nossas cabeças. Têm um submarino nuclear e agora diz que em Porto Rico chegou o chefe do Pentágono. Eu digo, a governadora (de Porto Rico) se soma a um grande militar.”

11 mortos no Caribe

A ofensiva naval norte-americana a um navio no Caribe deixou 11 mortos. O governo Trump afirma que o barco atingido havia desembarcado da Venezuela e era composto por “narcoterroristas” da facção Tren de Aragua. O Secretário de Estado, Marco Rubio afirmou que o barco estava lotado de drogas e tinha o objetivo de chegar aos EUA.

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“Essas drogas em particular provavelmente estavam a caminho de Trinidad ou de outro país no Caribe, onde apenas contribuem para a instabilidade que esses países enfrentam. Portanto, o presidente foi muito claro que ele vai usar todo o poder da América e toda a força dos Estados Unidos para enfrentar e erradicar esses cartéis de drogas”, disse.

Segundo o governo norte-americano, o cartel de Los Soles, apontado como grupo terrorista é comandada pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro. A suposta ligação do presidente venezuelano com o tráfico internacional de drogas — sem provas concretas — surge em meio a mudanças na política externa dos EUA, na qual narcotraficantes podem ser considerados como “terroristas”.

 

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