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    Maduro convoca população para “luta armada” contra ameaças externas

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    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nessa quinta-feira (11/9) que cidadãos e militantes se preparem para uma eventual “luta armada em defesa da soberania e da paz”, enquanto anunciou a ativação de uma ampla mobilização de forças militares, policiais e civis em 284 pontos do país — denominadas pelo governo como “frentes de batalha”. O pronunciamento ocorreu no encerramento do Congresso Plenário do PSUV, transmitido pela televisão estatal.

    No discurso, Maduro disse que nunca imaginou ter que pronunciar um apelo à “luta armada”, mas justificou a mensagem como uma resposta às circunstâncias que, segundo ele, ameaçam a integridade do país.

    “O partido do governo popular e unificador das forças políticas e sociais do bloco histórico tem a obrigação de se preparar estruturalmente para partir para a luta armada com a nação venezuelana, se for necessário para defender esta terra, defender nosso povo, defender e afirmar nossa história de dignidade. Nunca acreditei que pudesse pronunciar estas palavras, mas as circunstâncias históricas nos obrigam por responsabilidade”, afirmou.

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    Ao mesmo tempo, Maduro fez menção a uma retórica de defesa nacional e convocou jornadas de debate regionais do PSUV para definir estratégias locais.

    O venezuelano informou ainda o lançamento do plano “Independência 200”, segundo o qual a Força Armada Nacional Bolivariana, corpos de segurança e a Milícia Nacional Bolivariana ocupariam posições estratégicas — aeroportos, instalações petrolíferas, pontos de fronteira e serviços essenciais — como medida preventiva diante do que chamou de “ameaça” por parte dos Estados Unidos.

    O número total de tropas mobilizadas não foi detalhado pelo governo.

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    Presença militar norte-americana

    A escalada das hostilidades ocorre no contexto de aumento da presença militar norte-americana no sul do Caribe, formalmente vinculada a operações contra o tráfico de drogas.

    Nos últimos dias, Washington enviou navios e 10 caças F-35 para Porto Rico, em uma operação que os EUA descrevem como parte do combate ao narcotráfico. Um ataque americano no mar, que afundou uma embarcação e deixou 11 mortos foi apontado pelas autoridades dos EUA como ação contra narcotraficantes.

    No último sábado (6/9), Maduro chegou a pedir que os Estados Unidos (EUA) reduzam as tensões no Caribe para evitar um “conflito militar de grande impacto”.

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    O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro

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    Nicolás Maduro

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    Nicolás Maduro, chefe do governo venezuelano

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