O major Alexandro Marcolino Gomes, da Polícia Militar do Paraná (PMPR), foi denunciado pelo Ministério Público do Estado por corrupção passiva. Segundo as investigações do Gaeco, ele usava o cargo para cobrar propina de fornecedores durante a organização de campeonatos de pesca da corporação em Loanda, no noroeste do estado.
A denúncia foi recebida pelo Judiciário em 15 de setembro, tornando o oficial réu. Ele já havia sido preso preventivamente em maio, na Operação Zero Um, que apura a venda de procedimentos internos da PM em troca de dinheiro. Atualmente, cumpre prisão domiciliar.
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De acordo com o MP, o major aproveitava a posição de comandante da 3ª Companhia Independente para exigir pagamentos de empresas contratadas. Em pelo menos dez situações, os valores foram cobrados sob ameaças diretas e veladas.
Durante o 3º Torneio de Pesca da Companhia, por exemplo, Alexandro determinou que a empresa responsável pelas camisetas repassasse a ele R$ 20 de cada peça vendida, o que resultou em transferências de mais de R$ 21 mil. Em outro episódio, exigiu 10% de comissão de uma empresa contratada para instalar câmeras e equipamentos de segurança no quartel.
O MP apontou ainda que o major intimidava subordinados e negociava transferências de policiais e decisões em inquéritos militares. Em um dos casos, teria recebido R$ 10 mil para efetivar a mudança de unidade de um soldado.
Estrutura de propina
O Gaeco afirma que o esquema funcionava de forma estruturada, com a participação de um operador financeiro. Documentos, camisetas, cheques e recibos foram apreendidos durante buscas na companhia comandada por Alexandro.
Para os promotores, o caso representa “um grave atentado à ordem pública, à disciplina militar e à sociedade”, já que o oficial se aproveitava do prestígio e da hierarquia da corporação para