O pastor Silas Malafaia, principal organizador da manifestação bolsonarista de 7 de Setembro, na Avenida Paulista, disse que o atos realizados pela esquerda neste domingo (7/9), contra a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e em defesa da soberania nacional, foram “um fiasco” em todo o Brasil. Segundo ele, a escolha da data foi um “erro estratégico”.
“A [manifestação] do PT foi um fiasco em todo Brasil. Um fiasco. Acho que faltou estratégia para eles, sabe? Marcar no mesmo dia, pelo amor de Deus”, disse Malafaia antes do início do ato na Avenida Paulista.
“A deles foi um fiasco. A nossa no Rio, no Espírito Santo, Belo Horizonte, tudo grande, Salvador… Então, nós estamos cumprindo o nosso propósito. Verdade, anistia”, acrescentou o pastor.
Em São Paulo, grupos de esquerda promoveram um ato na Praça da República durante a manhã. O evento contou com a participação de ministros do governo Lula, como Paulo Teixeira (PT), do Desenvolvimento Agrário, e de políticos de oposição, como o deputado federal Guilherme Boulos (PSol).
Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro
Danilo M. Yoshioka/Metrópoles
Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro
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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro
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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro
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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro
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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro
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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro
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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro
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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro
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De acordo com o Monitor do Debate Político do Cebrap, havia aproximadamente 8,8 mil pessoas no ato da esquerda na Praça da República, no centro da capital paulista. O cálculo foi feito com base no método Point to Point Network, usando fotos aéreas tiradas por um drone. Na Avenida Paulista, o monitor do Cebrap estimou a presença de cerca de 36,7 mil pessoas, utilizando o mesmo método.
Malafaia afirmou que a expectativa é que a manifestação deste domingo pressione os parlamentares a aprovarem o projeto que pretende anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
“É forte. O povo é o supremo poder. Isso é constitucional. Ao povo, se dobra Congresso Nacional, STF, Poder Executivo. O povo é o povo. O poder emana do povo. Não tem outra. Se um povo pressiona e mostra, vai fazer o quê?”, questionou.
“A última anistia, que compreendeu de 1961 a 1979, para quem foi dada? Guerrilheiros assassinos, assaltantes de banco, sequestradores de embaixador. Queriam dar um golpe de Estado, estabelecer um governo proletário no Brasil. O PT lutou por isso. E agora vem com essa conversa fiada: ‘Não à anistia’. Isso mostra o caráter deles.”
Quarto ato do ano na Paulista
Este é quarto ato bolsonarista do ano na Avenida Paulista e o segundo sem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em junho, diante da ausência de seu padrinho político, Tarcísio de Freitas faltou à manifestação. Agora, o governador de São Paulo assume o protagonismo político do ato, após promessa de indulto a Bolsonaro, caso se torne presidente, e uma articulação nos bastidores pela anistia aos envolvidos na trama golpista, julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Tarcísio, o ato organizado pelo pastor Silas Malafaia também irá contar com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Tarcísio ficou responsável por convidar outros governadores de direita, como Ronaldo Caiado (União), de Goiás, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, não irá à manifestação.
Em junho, o ex-presidente não pôde ir às ruas devido a medidas cautelares impostas contra ele pelo ministro Alexandre de Moraes. A aparição de Bolsonaro nos atos, por meio de chamada telefônica, custou-lhe a decretação de prisão domiciliar. Enquanto isso, Tarcísio estava no Hospital Albert Einstein, na zona oeste de São Paulo, para um procedimento na tireóide. A ausência foi criticada pelo “núcleo duro” bolsonarista, incluindo Malafaia.
Nas últimas semanas, porém, Tarcísio se impôs na articulação sobre a anistia a Jair Bolsonaro. Ele se reuniu com deputados, líderes partidários e fez incursões à Brasília para mobilizar o projeto de lei.
Os movimentos do governador de São Paulo reduziram as fricções com o bolsonarismo e Tarcísio foi incentivado publicamente até pelo filho “03” do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), desafeto do govenador, cujas críticas a Tarcísio ficaram evidentes no relatório da Polícia Federal (PF) que divulgou as mensagens trocadas entre Eduardo e Jair Bolsonaro.