Com bonecos infláveis do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vestido de presidiário e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, associado ao escândalo sexual do financista americano Jeffrey Epstein, manifestantes de esquerda se concentram na Praça da República, no centro de São Paulo, para o ato organizado por centrais sindicais, frentes populares e partidos políticos.
Os manifestantes misturam bandeiras vermelhas com bandeiras nacionais, criticam o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, defendido pelos bolsonaristas, e atacam a tentativa de interferência do governo Trump no julgamento do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF). “O Brasil é dos brasileiros”, diz uma das faixas na manifestação, convocada “em defesa da soberania nacional”.
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Os ministros petistas Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Luiz Marinho (Trabalho) são esperados no ato. Além deles, participam da manifestação deputados federais, como Guilherme Boulos (PSol) e Carlos Zarattini (PT), e deputados estaduais.
Em entrevista ao Metrópoles, publicada neste domingo (7/9), Boulos afirmou que o cenário está mais favorável ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não irá à manifestação mas pediu que seus apoiadores fossem às ruas pelo “risco da anistia”, e acredita que a centro-direita, que tem articulado a candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chegará rachada em 2026.
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No ato deste domingo, o líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa (Alesp), deputado Antonio Donato, chamou Tarcísio de “canalha”, enquanto que a deputada Thainara Faria (PT), lembrou da promessa de Tarcísio dar indulto a Bolsonaro no primeiro dia de governo caso seja eleito presidente. “Ele sabe que Bolsonaro vai ser preso. O que ele não sabe é que ele não será presidente”, disse.
A manifestação começou na Praça da Sé, em um café da manhã para moradores de rua, e seguiu em marcha para a Praça da República, onde os manifestantes se concentram. Por questões de segurança, o ato da esquerda deve acabar ate as 14h, quando iniciará o ato bolsonarista na Avenida Paulista.