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Menina de 6 anos em cárcere era impedida de ver família desde bebê

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Menina de 6 anos em cárcere era impedida de ver família desde bebê

Familiares da menina de seis anos que era mantida em cárcere privado desde bebê em Sorocaba, no interior de São Paulo, eram impedidos de ver a menina, de acordo com a delegada Renata Zanin, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade. A partir dos nove meses de idade, as únicas pessoas com quem a criança teve contato teriam sido o pai e mãe.

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A menina foi encontrada na última sexta-feira (29/8) na casa em que morava com o pai e a mãe. Os três dividiam um mesmo colchão posicionado no chão do quarto do casal, um cômodo pintado de branco. Segundo a polícia, a criança nunca saía de casa.

“Com 9 meses, ela passou por um tratamento para alergia ao leite. Tudo indica que ela passou por um tratamento em São Paulo e desde então os outros familiares nunca mais a viram. Ela tinha algum probleminha no intestino. O que agente sabe é que a mãe se afastou da família, por conta do marido”, afirma a delegada.

Pais estão presos

Caso começou com denúncia dos vizinhos

A mãe da menina também usava um celular sem linha e dependia do marido para qualquer comunicação. Ela passava parte do dia fora, vendendo os pães feitos por ele. Segundo a conselheira, a mulher era proibida de entrar em casa se não vendesse toda a produção.

A delegada responsável pelo caso, Renata Zanin, explicou que as condições da família chegaram à polícia após uma denúncia de vizinhos, que acusaram o genitor de ter raspado a cabeça da mulher e a obrigado a usar roupas masculinas. Esses vizinhos relataram que escutavam a criança gritando quando a mãe saía de casa, mas que nunca tinham visto a menina sair do imóvel.

O homem teria recebido os conselheiros aos berros no dia em que eles foram averiguar a denúncia. Apesar disso, a mãe da menina negou à polícia que estaria sofrendo violência e não quis o acolhimento do Conselho.

“O que a gente sabe é que a mãe se afastou da família por conta do marido. Mas, todas as vezes que conversamos com ela, ela negou que era vítima de maus-tratos. Por mais que a gente converse, a gente aponte para ela o que seria essa violência, ela devolve que estava tudo certo, que era tudo normal”, disse a delegada Renata Zanin ao Metrópoles.

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