A reportagem A Política da Bala do Metrópoles é finalista do 47º prêmio Vladimir Herzog, um dos mais importantes da imprensa brasileira. A premiação aponta as melhores produções jornalísticas relacionadas a temas de direitos humanos e conta com concorrentes de peso, como O Globo, Folha de S. Paulo, Revista Piauí, TV Globo e TV Brasil.
Os vencedores serão anunciados em 27 de outubro em cerimônia no Tucarena, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em São Paulo.
Publicada em formato especial, a reportagem A Política da Bala faz uma radiografia inédita sobre o que está por trás da alta da letalidade da PM em São Paulo sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas e do secretário de segurança pública Guilherme Derrite.
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O esforço jornalístico envolveu a obtenção de boletins de ocorrência, processos judiciais, laudos criminais e vídeos relativos a 227 casos registrados em 2024, nos quais foram registradas 246 “mortes decorrentes de intervenção policial”.
A análise dos documentos mostrou que 85 pessoas foram mortas enquanto estavam desarmadas e 47 foram baleadas pelas costas, contrariando os protocolos que autorizam a reação a tiros apenas em caso de grave ameaça à vida dos policiais.
A apuração também mostrou a existência de um “pelotão da morte” na Polícia Militar de São Paulo, um pequeno número de policiais responsáveis por mais de 20% dos homicídios registrados no período.
A reportagem foi feita por Artur Rodrigues e Renan Porto. O minidocumentário que acompanha a reportagem é de Rodrigo Freitas. A edição do material coube a Fabio Leite, diretor da sucursal de São Paulo, e a Juliana Garcês, revisora. Participaram da concepção do material Lilian Tahan, Otto Valle, Márcia Delgado, Olivia Meireles e Érica Montenegro.
O projeto gráfico é de Gui Primola, Lygia Lyra e Gabriel Lucas. A pesquisa de imagens foi feita por Michael Melo, e o desenvolvimento tecnológico do projeto coube a Italo Ridney, Caio Sales e Saulo Marques.
Prêmio Vladimir Herzog
O prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo é um dos mais tradicionais e importantes da imprensa brasileira. Criado há 47 anos em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog – que foi assassinado pela ditadura militar em 1975, o concurso destaca as melhores reportagens que abordam questões ligadas a direitos humanos.
Tradicionalmente, há sete categorias: arte, foto, áudio, multimídia, vídeo, texto e livro-reportagem. Mas, neste ano, foi incluída uma categoria extra, que reconhecerá produções focadas na defesa da democracia.
Na edição do ano passado do prêmio Herzog, o Metrópoles recebeu menção honrosa pela matéria Gigante Pela Própria Imundice. Em 2023, a reportagem Ouro Líquido levou a categoria Produção Jornalística em Multimídia, e, em 2022, a reportagem A rota do tráfico humano na fronteira da Amazônia obteve menção honrosa na mesma categoria.