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    Ministro de Lula do partido de Tarcísio diz que votaria contra anistia

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    Filiado ao mesmo partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ministro dos Portos e Aeroportos e deputado licenciado, Silvio Costa Filho (Republicanos-PB), disse nesta sexta-feira (5/9) que votaria contra o projeto de lei pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), embora tenha defendido que as penas sejam repensadas.

    “Se estivesse no Congresso, votaria contra a anistia. Esse não é o momento de debater esse tema”, disse o ministro a jornalistas, após o leilão da concessão do túnel Santos-Guarujá, na sede da bolsa de valores de São Paulo, a B3.

    O ministro, porém, defendeu a tipificação das penas às pessoas envolvidas nos ataques do 8 de Janeiro e na trama golpista, que teria sido liderada por Bolsonaro, conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que está sendo julgada no Supremo Tribunal Federal (STF).

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    “Não dá para algum cidadão, que foi induzido ao erro, levar 10, 15 anos de pena, mas acho que o Congresso tem assuntos bem mais importantes para esse final de ano”, acrescentou Costa Filho, que defendeu outras pautas, como o aumento da faixa salarial para a isenção do Imposto de Renda.

    Nas últimas duas semanas, Tarcísio de Freitas conversou com líderes partidários, deputados e foi duas vezes a Brasília para mobilizar um projeto de lei para anistiar os envolvidos na trama golpista. Além de se colocar como protagonista na articulação, Tarcísio declarou que, caso seja presidente, concederá indulto a Bolsonaro – a promessa foi chamada de “golpismo” pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

    Republicanos na base de Lula

    Em meio às tratativas pela anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os partidos União Brasil e Progressistas, que têm os ministérios do Esporte e do Turismo, deram um mês para os seus ministros deixarem o governo Lula.

    O Republicanos, no entanto, partido de Tarcísio, não deverá desembarcar da base do governo federal. A cúpula da legenda vê o ministério como um acordo pessoal entre Silvio Costa Filho e Lula.