O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), avisou ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que uma proposta de anistia ampla, geral e irrestrita ao 8 de Janeiro não avançaria na Casa.
Os dois trataram sobre o assunto durante uma conversa por telefone na manhã da segunda-feira (1º/9), véspera do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, no âmbito do inquérito do golpe.
O presidente da Câmara, Hugo Motta
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
O presidente da Câmara, Hugo Motta
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Pablo Jacob/ Governo de São Paulo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é favorito à reeleição no estado
Pablo Jacob/Governo do Estado de SP
Marcos Pereira e o governador Tarcísio de Freitas
Reprodução
A ligação, como noticiou a coluna, também contou com a participação do deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos. O dirigente estava reunido com Tarcísio no Palácio dos Bandeirantes no momento.
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Ao ouvir apelos do governador pelo projeto da anistia, Motta, segundo relatos, respondeu que o tema é “complexo” e que teria que analisar o texto, porque um uma anistia ampla não passaria na Câmara.
Em outras palavras, de acordo com aliados, o presidente da Casa sinalizou que será difícil aprovar no Legislativo uma anisitia que beneficie diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após desligarem com Motta, Tarcísio e Marcos Pereira ligaram para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Na conversa, informaram a ele que entrariam de cabeça na articulação para aprovar a anistia.