O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), evitou confirmar, nesta quarta-feira (17/9), se aceitará o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da Minoria. O parlamentar está nos Estados Unidos e corre risco de perder o mandato por faltas.
No plenário da Câmara, Motta afirmou que se trata de um “caso atípico” e que não é prerrogativa da presidência da Casa definir líderes partidários. A oposição, no entanto, justificou a manobra com uma ata assinada pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em 2015.
Motta disse, ainda, que não foi avisado, até então, a respeito da troca da liderança, e que caso será analisado.
“Quero dizer que esta presidência não pode tomar nenhuma providência com base na especulação. Nós estamos ainda no campo das notícias. Aguardaremos a presidência ser oficiada sobre a decisão da liderança da Minoria. Tenho também que registrar que a escolha de líderes não depende da presidência da Casa. São os deputados, as bancadas, que fazem essa escolha. É claro que se trata de um caso atípico. Nós vamos fazer uma análise e conversar com os partidos da oposição”, declarou o deputado.
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Nesta quarta-feira, a deputada Caroline de Toni (PL-SC) renunciou ao posto, mas permanecerá como primeira-vice-líder da Minoria, o que lhe permitirá substituir o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em votações no plenário durante eventuais ausências.
Manobra para preservar mandato
Ao assumir uma liderança na Casa, Eduardo, que está autoexilado nos Estados Unidos desde fevereiro, não precisará justificar suas ausências nas sessões. Assim, ele evita perder o mandato por excesso de faltas.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que enviou um comunicado ao presidente Hugo Motta (Republicanos-PB). O deputado paraibano, no entanto, nega que tenha sido procurado.