Aliados de Hugo Motta (Republicanos-PB) dão uma explicação para o presidente da Câmara ter “tratorado”, na mesma semana, duas das votações mais polêmicas do ano até agora: a urgência da anistia e a PEC da Blindagem.
De acordo com interlocutores de Motta, a decisão tem a ver com um desejo do atual presidente da Câmara de se livrar das polêmicas e, assim, abrir espaço para impor uma agenda de votações própria antes de 2026.
O presidente da Câmara, Hugo Motta
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
O presidente da Câmara, Hugo Motta
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O presidente da Câmara, Hugo Motta
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No comando da Câmara há sete meses, Motta ainda não conseguiu uma pauta importante para chamar de sua, como foi a reforma tributária para Arthur Lira (PP-AL) e a da Previdência para Rodrigo Maia (sem partido).
Para alcançar essa marca própria, Motta precisa, na visão de seus aliados, superar o debate sobre a anistia, que o causa dor de cabeça desde sua campanha para a presidência da Câmara, no início de 2025.
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Marca complicada
Motta sonha que a reforma administrativa seja sua marca. O deputado, inclusive, criou uma comissão especial para tratar do tema. Seus aliados, entretanto, veem a aprovação da proposta como um sonho distante por dois motivos.
O primeiro motivo seria a dificuldade de obter apoio à reforma, que mexe com o funcionalismo público, a cerca de um ano para a eleição. O segundo seria a falta de interesse do governo Lula em fazer o tema andar.