Geralmente vistas como frágeis e raramente classificadas como assassinas, as mulheres, ainda assim, podem matar ou coordenar crimes bárbaros. Fugindo do comum, Suzane Richthofen, Elize Matsunaga e Flordelis são amplamente conhecidas por protagonizarem crimes violentos. Relembre os casos.
Por trás da morte dos pais
Desde que abriu a porta da própria casa para aqueles que ceifariam a vida de seus próprios pais, o nome de Suzane Richthofen passou a ser conhecido no país inteiro.
Apesar de ter aparecido pela primeira vez como apenas uma das vítimas, a farsa orquestrada por ela foi logo desvendada pela polícia. Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen foram assassinados pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, a mando da filha.
Suzane e Daniel iniciaram um namoro, desaprovado pela família, em 1999. Dois anos depois, o casal se juntou ao irmão de Daniel e criou um plano perverso para simular um latrocínio e assassinar o casal. Eles acreditavam que, após o crime, poderiam dividir a fortuna deixada pela dupla.
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Em 31 de outubro de 2002, Suzane abriu a porta da mansão em que morava, no Brooklin, em São Paulo (SP), e permitiu a entrada dos assassinos. O casal foi morto com marretadas na cabeça.
O interesse da população pelo caso foi tão grande que a rede TV Justiça cogitou transmitir o julgamento ao vivo. Emissoras de TV, rádios e fotógrafos chegaram até a ser autorizadas a captar e divulgar sons e imagens dos momentos iniciais e finais, mas o parecer definitivo negou a autorização.
Hoje, já em liberdade, Suzane escolheu viver longe dos holofotes, mas vez ou outra tem informações sobre sua vida pessoal vazadas na mídia. Em janeiro de 2024, ela deu à luz ao primeiro filho e escolheu não batizá-lo com seu sobrenome.
Reduziu o marido em partes
Era noite de 19 de maio de 2012 quando Elize Matsunaga, então casada com o CEO da marca Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, à época com 42 anos, decidiu pôr um fim à vida do marido.
Ela o matou com um tiro de pistola 380 na cabeça e, esquartejou o marido, ocultando os pedaços em mochilas, que depois foram espalhadas na beira de uma estrada em Cotia, na Grande São Paulo.
Inicialmente, o homem foi considerado desaparecido. Uma força-tarefa foi montada para encontrá-lo, no entanto, no dia 23 de maio, pedaços do corpo de um homem foram achados em Cotia.
O que fez com que os agentes desconfiassem que os membros pertenciam ao empresário foi o fato de que uma perna estava vestida com uma calça de grife, avaliada em cerca de R$ 600, valor considerado alto naquele ano.
Nos dias seguintes, outras partes do cadáver foram encontradas, até que, em 4 de junho, foi constatado que se tratava de Matsunaga.
Elize foi presa em 5 de junho. Confessou que cometeu o crime após descobrir uma traição por parte do esposo.
O caso ganhou extrema repercussão nacional e, ainda hoje, mais de 10 anos depois, continua sendo lembrado.
Há, inclusive, quem defenda a atitude de Elize, mesmo tratando-se de um crime hediondo.
Deputada federal manda matar marido pastor
Mulher mais votada no estado do Rio de Janeiro (RJ) nas eleições de 2018, Flordelis era deputada federal pelo PSD quando ordenou o assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo de Souza.
O homem foi morto a tiros em 16 de junho de 2019 em Niterói, no Rio de Janeiro. Inicialmente, a polícia informou que o crime havia sido um latrocínio.
A investigação, porém, concluiu que Anderson foi morto a mando da esposa, com participação de sete filhos do casal e uma neta, além de outras duas pessoas.
Ela foi condenada a 50 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
Apesar da gravidade do crime, Flordelis aparece em vários memes compartilhados nas redes sociais.
Suzane von Richthofen
Reprodução/Internet.
Suzane von Richthofen
Robson Fernandes/AE
Flordelis.
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Flordelis
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Elize e o esposo que assassinou
Arquivo pessoal
Elize Matsunaga
Reprodução