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    O duplo revés de Hugo Motta com a anistia

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    A nova rodada de embates sobre a votação de uma anistia ao 8 de Janeiro trouxe mais um capítulo negativo para a imagem do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), avaliam lideranças da Casa.

    Na semana passada, Motta não só perdeu parte do protagonismo em relação ao tema para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), como, ao mesmo tempo, irritou o STF e o governo Lula.

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    O presidente da Câmara, Hugo Motta

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 3

    O presidente da Câmara, Hugo Motta

    Breno Esaki/Metrópoles3 de 3

    O presidente da Câmara, Hugo Motta

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

    A avaliação de líderes da Câmara é que, apesar da tentativa de Motta, o protagonismo sobre a anistia caiu no colo de Alcolumbre, que se antecipou e avisou que, no Senado, não se vota a anistia bolsonarista.

    O presidente do Senado articula com o STF um projeto que reduza as penas de quem participou do 8 de Janeiro, mas mantenha as punições para os mentores do suposto movimento golpista, como Jair Bolsonaro.

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    Nesse cenário, sobrará para Motta naprovar a anistia defendida pela bancada bolsonarista na Câmara — um projeto que os próprios líderes admitem, nos bastidores, estar fadado a morrer no Senado ou no STF.

    O cenário lembra o motim que tomou as mesas da Câmara e do Senado no início de agosto. Na ocasião, Alcolumbre encerrou a ocupação sem expor sua imagem. Já Motta chegou a ser impedido de sentar em sua cadeira.

    No fim, quem resolveu o impasse foi Arthur Lira (PP-AL), responsável pelo acordo com a oposição que jogou, nas cotas de Motta, a pressão para votar a anistia e um PEC que retira poderes do STF sobre os deputados.