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    O que a psicologia diz sobre andar com as mãos atrás das costas

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    Andar com as mãos atrás das costas é um gesto comum, mas repleto de significados. Segundo a psicóloga Cibele Santos, esse comportamento não verbal pode transmitir muito mais do que parece à primeira vista e revela aspectos importantes sobre o estado emocional e a atitude de quem o adota.

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    “É um gesto que costuma chamar pouca atenção, mas que fala muito sobre a forma como a pessoa se sente ou quer se posicionar diante do ambiente e das pessoas ao redor”, explica a psicóloga.

    Significado de colocar as mãos atrás das costas

    De acordo com Cibele, esse modo de caminhar ou se posicionar pode estar relacionado, em primeiro lugar, à autoconfiança. “A postura aberta e relaxada indica segurança. É como se a pessoa dissesse, com o corpo, que está confortável onde está, sem necessidade de se proteger ou se esconder.”

    4 imagensReflexão: o indivíduo pode estar em um momento de análise ou introspecçãoControle da situação: a posição das mãos pode sugerir que a pessoa está no comando, observando e avaliando o ambienteDesinteresse ou desdém: dependendo do contexto, pode sugerir que a pessoa não está totalmente envolvida na interaçãoFechar modal.1 de 4

    Autoconfiança: uma postura aberta e relaxada que demonstra segurança

    tacojim/Getty Images2 de 4

    Reflexão: o indivíduo pode estar em um momento de análise ou introspecção

    Goodboy Picture Company/Getty Images 3 de 4

    Controle da situação: a posição das mãos pode sugerir que a pessoa está no comando, observando e avaliando o ambiente

    ghoststone/Getty Images 4 de 4

    Desinteresse ou desdém: dependendo do contexto, pode sugerir que a pessoa não está totalmente envolvida na interação

    curtoicurto/Getty Images

    Outra interpretação frequente está ligada à reflexão. Muitas pessoas, ao pensarem profundamente ou analisarem uma situação, acabam naturalmente colocando as mãos atrás das costas. “É um gesto introspectivo, que sugere um momento de análise interna”, aponta Cibele.

    Esse comportamento também pode sugerir controle da situação. Quando alguém se movimenta assim em um espaço, observa atentamente ou conversa com outras pessoas, pode estar demonstrando que se sente no comando. “É um gesto que transmite presença e domínio. Em líderes, por exemplo, é algo bastante comum.”

    Nem sempre o significado é positivo

    Dependendo do contexto, essa postura pode indicar desinteresse ou até mesmo desdém. “Se a pessoa está se afastando ou evitando contato visual, o gesto pode mostrar falta de envolvimento emocional com o ambiente ou com a interação que está acontecendo.”

    Cibele destaca que, embora existam interpretações mais recorrentes — como autoridade, tranquilidade e até resistência emocional —, tudo depende do contexto. “Uma pessoa serena pode usar esse gesto como forma de relaxar, enquanto outra, mais fechada, pode estar revelando uma resistência em se abrir.”

    Ela alerta ainda para a importância de observar o comportamento de forma mais ampla. “Se alguém constantemente adota essa postura em situações sociais, pode estar sinalizando um certo isolamento emocional. Isso merece atenção, especialmente se for acompanhado por mudanças bruscas de comportamento.”

    Essas mudanças, segundo ela, podem indicar estresse, insegurança ou outras questões emocionais que devem ser levadas em consideração. “O corpo fala, e os gestos, por mais sutis que sejam, podem ser pistas importantes sobre o que se passa internamente.”

    foto colorida homem com as mãos atrás das costasSegundo a psicóloga, é importante lembrar que nenhum gesto isolado, como o das mãos para trás, define uma pessoa

    Para a psicóloga, é importante lembrar que nenhum gesto isolado define uma pessoa. “O significado de andar com as mãos atrás das costas pode variar bastante e só faz sentido quando olhamos o contexto, a frequência e outros sinais não verbais que acompanham o comportamento.”

    Em resumo, o simples ato de caminhar com as mãos para trás pode revelar confiança, introspecção, autoridade — ou indicar que algo não vai bem. “É um gesto potente, que merece atenção, principalmente quando se torna frequente ou aparece em momentos de mudança emocional”, conclui Cibele.