Após pressão uma forte pressão política, a Prefeitura de São Paulo rompeu o contrato de gestão do Theatro Municipal com a Organização Não Governamental Sustenidos. A medida, que ainda deve ser formalizada pela Procuradoria-Geral do município, acontece em razão da manifestação de um funcionário da ONG sobre o assassinato do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk.
O colaborador, que ocupa a função de gestor de casting, usou as redes sociais para criticar o ativista. Compartilhada no perfil do funcionário, a publicação consistiu em um vídeo de um artista americano afirmando que o influenciador de direita norte-americano, “mereceu morrer por ser nazista”.
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Depois do post, o vereador Adrilles Jorge (PTB) fez um pedido de rescisão do contrato, que foi assinado por 25 parlamentares. Na justificativa, Adrilles escreveu que a manifestação política “agride princípios constitucionais da administração pública, em especial os da legalidade, impessoalidade e moralidade”.
Rompimento já era esperado
Nos bastidores, contudo, a saída da Sustenidos do Theatro Municipal já era esperada antes da polêmica envolvendo a postagem.
No início do ano, o Metrópoles mostrou que a pasta municipal da cultura tem sido alvo de uma batalha cultural, em que grupos da direita dizem que ela foi “aparelhada” nos últimos anos pelo que chamam de “cultura woke”. O Theatro já era apontado como um exemplo disso, e a revisão do contrato com a Sustenidos havia sido aventada antes da polêmica.
Agora, há a especulação que o Theatro passará para as mãos do Instituto Baccarelli – organização próxima ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e ao governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já administra ações públicas como as Bebetecas nos CEUs da capital.
O Metrópoles procurou a Sustenidos que disse que não vai se pronunciar.