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    ONU: EUA intercepta rede que envia 30 milhões de mensagens por minuto

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    O Serviço Secreto dos Estados Unidos desmantelou, nesta terça-feira (23/9), uma rede ilícita de dispositivos eletrônicos na região de Nova York, capaz de interromper a rede celular e enviar 30 milhões de mensagens de texto por minuto, enquanto líderes mundiais se preparavam para se reunir, nas proximidades, para a Assembleia-Geral anual da Organização das Nações Unidas (ONU).

    Segundo autoridades norte-americanas, a rede de comunicações anônimas contava com mais de 1 mil cartões SIM e 300 servidores, capazes de interferir nos serviços de resposta a emergências e de viabilizar comunicações criptografadas.

    Os dispositivos estavam concentrados a menos de 56 quilômetros da reunião da Assembleia-Geral das Nações Unidas.

    Assembleia-Geral

    • A Assembleia-Geral das Nações Unidas, principal órgão deliberativo da ONU, realiza sua 80ª edição em meio a um período de turbilhão na diplomacia global.
    • A sessão deste ano, que teve início em 9 de setembro, conta com delegações de todos os 193 Estados-membros da ONU, que têm representação igual em uma base de “um Estado, um voto”. A partir do dia 23 deste mês, o debate sobe um degrau e passa a ocorrer entre representantes de alto nível dos países.
    • É nesta data que acontecerá o tradicional discurso de chefes de governo, o Debate Geral, na sede da organização em Nova York. Tradicionalmente, a cúpula é aberta por um representante brasileiro, neste caso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Os dispositivos têm capacidade para realizar ampla variedade de ataques de telecomunicações, incluindo a desativação de torres de telefonia celular, a execução de ataques de negação de serviço e a facilitação de comunicações anônimas e criptografadas entre potenciais agentes de ameaça e organizações criminosas.

    As investigações iniciais revelam comunicações entre agentes de ameaças de Estados-nação e indivíduos previamente identificados pelas autoridades federais.

    Segundo o diretor do Serviço Secreto dos EUA, Sean Curran, a investigação continua e aponta possíveis ameaças.

    “O potencial de interrupção das comunicações do nosso país representado por esta rede de dispositivos é inestimável”, pontuou Curran.

    De acordo com o Serviço Secreto dos EUA, a rede de dispositivos estava localizada em toda a área dos três estados de Nova York. A investigação continua em andamento.