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Padre solicitou auxílio emergencial enquanto cumpria pena por estupro

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Padre solicitou auxílio emergencial enquanto cumpria pena por estupro

Enquanto cumpria pena por abusar de um adolescente de 15 anos com deficiência, o ex-padre Fabiano Santos Gonzaga, 37 anos, solicitou repasses do auxílio emergencial. Em 2020, o ex-pároco reinvindicou o pagamento de cinco parcelas, conforme consta no Portal da Transparência. Os repasses, contudo, foram bloqueados na época em que ele estava atrás das grades, em Araxá (MG), mas a defesa de Gonzaga confirmou que o cliente passou a receber os recursos após ir para o semiaberto.

“Esclarecemos que o benefício foi recebido legalmente, quando Fabiano já se encontrava no regime semiaberto, conforme previsto em lei, não havendo qualquer irregularidade”, alegou, em nota, a advogada Renata Silva, responsável pela defesa de Fabiano.

Fabiano Santos Gonzaga foi condenado a 15 anos de prisão em 2017, mas cumpriu apenas 7 anos e foi liberado em 24 de outubro de 2023. Conforme a própria defesa do condenado afirma, ele já cumpria pena no semiaberto três anos após a condenação.

Ele era pároco em Frutal (MG), quando obrigou um jovem do Distrito Federal a fazer sexo oral nele. O crime ocorreu em 4 de junho de 2016, no mesmo dia em que o então papa Francisco assinou um decreto para expulsar bispos por negligência em casos de pedofilia.

Fabiano abordou o menor de idade em uma sauna dentro de um clube em Caldas Novas (GO), tocou suas partes íntimas e o obrigou a fazer sexo oral. O garoto contou à mãe em seguida, que procurou a polícia.

A Arquidiocese de Uberaba afastou Fabiano dos serviços elesiásticos. De acordo com a entidade, ele não foi excomungado, mas “reduzido a um estado laico e não é mais padre”, informa nota.

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O Metrópoles procurou a família do jovem sobre a soltura do padre. A mãe disse que ficou decepcionada e que “ainda dói falar sobre o assunto”.

Relembre o caso

A defesa do ex-padre alegou perseguição e destacou que Fabiano Santos Gonzaga já cumpriu integralmente a pena e que “usar imagens podem induzir o leitor a uma interpretação distorcida, insinuando comportamento inadequado”.

 

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