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    Palestina rejeita deslocamento forçado diante de ordens de Netanyahu

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    O governo da Palestina afirmou, nesta terça-feira (9/9), que os palestinos se recusam a se deslocar para o sul diante dos planos de “expulsão forçada permanente”. A declaração foi feita após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenar a retirada de civis de Gaza.

    “Mais de 1,2 milhão de palestinos permanecem firmes em Gaza e no norte, e recusam deslocar-se para o sul […] Condenamos nos termos mais veementes a continuidade dos crimes de genocídio e expulsão forçada cometidos pela ocupação ‘israelense’ contra civis palestinos”, afirmou o governo.

    Netanyahu fez um novo aviso, na segunda-feira (8/9), aos moradores de Gaza, alertando-os que deixem a região, em antecipação a uma ofensiva terrestre do Exército israelense, que vem derrubando prédios na cidade.

    Gaza

    • A escalada da fome na Faixa de Gaza vem se prolongando nos últimos meses devido aos conflitos entre Israel e o Hamas.
    • O território palestino está sob cerco total das forças israelenses, que lançaram uma ofensiva de larga escala para tomar o último grande bastião do Hamas no território palestino.
    • O Hamas anunciou que aceitou a proposta de cessar-fogo apresentada pelos mediadores do Egito e do Catar. O acordo inclui a suspensão das operações militares na Faixa de Gaza por 60 dias, além da troca de metade dos reféns israelenses mantidos pelo grupo por prisioneiros palestinos.
    • Até o momento, o governo israelense não se pronunciou sobre as negociações

    Ainda segundo o governo da Palestina, nos últimos dias, “as equipes governamentais registraram o fenômeno do ‘deslocamento inverso’ do sul em direção a Gaza e ao norte, onde cerca de 35 mil cidadãos foram obrigados a se deslocar para o sul sob a pressão dos bombardeios”.

    “Repudiamos o vergonhoso silêncio internacional e a omissão diante do cumprimento dos deveres legais e éticos de enfrentá-los”, alegou a Palestina.

    3 imagensCIDADE DE GAZA, GAZA – 23 DE AGOSTO: Vista do acampamento de tendas à beira-mar e de prédios destruídos no bairro Tel al-Hawa, na Cidade de Gaza, onde palestinos deslocados continuam a enfrentar a falta de abrigo, água potável e acesso a alimentos, em meio aos ataques contínuos de Israel e ao bloqueio, em 23 de agosto de 2025.ONU classifica ataque contra jornalistas em Gaza como “violação grave” BR
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    Israel bombardeia e derruba uma das torres mais altas de Gaza; vídeo

    Reprodução/Redes sociais2 de 3

    CIDADE DE GAZA, GAZA – 23 DE AGOSTO: Vista do acampamento de tendas à beira-mar e de prédios destruídos no bairro Tel al-Hawa, na Cidade de Gaza, onde palestinos deslocados continuam a enfrentar a falta de abrigo, água potável e acesso a alimentos, em meio aos ataques contínuos de Israel e ao bloqueio, em 23 de agosto de 2025.

    Khames Alrefi/Anadolu via Getty Images3 de 3

    ONU classifica ataque contra jornalistas em Gaza como “violação grave” BR

    Unfpa/Dominic Allen/Reprodução

    Eles responsabilizaram a ocupação israelense, os Estados Unidos, bem como os países envolvidos no “genocídio”. O governo exigiu que a comunidade internacional e as Nações Unidas atuem para deter as violações, processar os líderes da ocupação perante os tribunais competentes e garantir a proteção dos civis.