O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) se pronunciou pela primeira vez, nesta sexta-feira (12/9), sobre a condenação do pai, Jair Bolsonaro (PL), a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma trama golpista para tentar manter-se no poder após a derrota eleitoral de 2022.
Além do ex-presidente, outros sete aliados foram condenados. O julgamento terminou em 4 a 1. Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram pela condenação; Luiz Fux, pela absolvição.
“Parabéns pelo que fez na história brasileira, Mauro Cid!”, publicou o vereador na rede social X.
O tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foi o responsável por delatar a trama golpista através de um acordo de delação premiada.
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Ele foi condenado a dois anos de pena em regime aberto pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro relator Alexandre de Moraes definiu pena a Cid e foi acompanhado, integralmente, pelos magistrados Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.
O ex-ajudante não terá restrições semelhantes às impostas a outros réus, que em sua maioria deverão cumprir penas em regimes mais rigorosos.
O Metrópoles apurou que Cid pretende morar nos Estados Unidos após o julgamento. Antes da sentença, proferida na noite dessa quinta-feira (11/9) contra ele, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o próprio ex-chefe do Palácio do Planalto, Cid já confiava que, com uma pena baixa, o plano de se mudar para os EUA permaneceria de pé. E foi o que aconteceu.
Julgamento histórico
É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por crimes contra a democracia.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia acusado Bolsonaro de chefiar uma organização criminosa armada, tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, praticar golpe de Estado e causar danos a patrimônio da União e tombado. Os ministros votaram pela condenação do ex-presidente em todos os crimes.
Os ministros da Primeira Turma também declararam a inegibilidade dos condenados, tirando Mauro Cid, por 8 anos, seguindo a Lei da Ficha Limpa. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) também foi condenado à perda de mandato.
