A deflagração da Operação Paroxismo, nesta quarta-feira (3/9), em Macapá e Belém, resultou na prisão em flagrante do empresário Rodrigo de Queiroz Moreira, um dos alvos centrais da investigação que apura fraude em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro ligados ao Hospital Geral Municipal de Macapá. A informação foi apurada com exclusividade pela coluna.
De acordo com a Polícia Federal, Rodrigo tentou dificultar as diligências ao se desfazer do celular e inventar versões contraditórias para justificar o sumiço do aparelho. Inicialmente, forneceu números falsos como sendo de sua linha pessoal. Depois, alegou que havia esquecido o telefone em seu escritório e, em seguida, mudou a versão, afirmando que teria deixado o aparelho no banheiro da academia. Pouco depois, o celular simplesmente desapareceu e a localização foi desativada.
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Diante da manobra, os agentes deram voz de prisão em flagrante ao empresário pelo crime de embaraço à investigação de organização criminosa, previsto em lei com pena de três a oito anos de prisão, sem direito a fiança.
A coluna também apurou que Rodrigo de Queiroz Moreira é o mesmo empresário já flagrado anteriormente sacando grande quantia em espécie e repassando os valores ao motorista do prefeito de Macapá, Antônio Paulo de Oliveira Furlan (MDB), outro dos alvos da investigação.
Rodrigo foi conduzido à sede da Polícia Federal no Amapá, onde teve a prisão formalizada, e será transferido para o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), permanecendo à disposição da Justiça.
A Operação Paroxismo mira um contrato de R$ 69,3 milhões firmado em maio de 2024 pela Secretaria Municipal de Saúde de Macapá. Segundo a PF, o esquema envolvia agentes públicos e empresários em um sofisticado mecanismo de direcionamento de licitação, pagamento de propinas e ocultação de valores desviados.
