O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou ao relator do PL da Dosimetria, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que um texto que não contemple seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não “serve” à oposição.
O deputado se reuniu nesta terça-feira (30/9) no gabinete do senador, em Brasília.
“Obviamente você tentou me convencer, mas não conseguiu. Isso porque temos o entendimento, Paulinho, de que a única forma de pacificar o país e fazer justiça… é um crime que afeta todos, porque essas pessoas estão respondendo por crimes que não cometeram”, declarou Flávio.
Os aliados do ex-presidente defendem uma anistia “ampla e irrestrita”, que perdoaria tanto as penas aplicadas aos manifestantes do 8 de Janeiro quanto a do próprio ex-chefe do Executivo, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista.
“Usaremos obviamente os recursos fundamentais que temos para propor emendas que tragam um texto que nos atenda, porque a dosimetria não nos serve”, acrescentou Flávio.
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Apesar das divergências, o clima da reunião entre os parlamentares foi amistoso. Ambos concordaram que não seria necessário um encontro entre Paulinho e Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.
Tarcísio critica
Nessa segunda-feira (29/9), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou a proposta de redução de penas: “Não satisfaz porque não se pode tratar de redução de penas quando há pessoas presas por crimes que não cometeram”.
No mesmo dia, o governador visitou o ex-presidente.