A Polícia Civil do Rio Grande do Sul cumpre, na manhã desta terça-feira (2/9), 25 mandados de busca e apreensão em cinco estados para desarticular um grupo de empresas suspeito de aplicar um golpe milionário contra uma operadora de plano de saúde. O prejuízo estimado chega a R$ 287 milhões.
As apurações apontam que 26 pessoas físicas e jurídicas estão envolvidas no esquema, liderado por um empresário que mora em Porto Alegre. Ele é investigado por estelionato, organização criminosa, uso de documentos falsos e lavagem de dinheiro.
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De acordo com a investigação, o grupo simulava vínculos empregatícios para incluir clientes em planos corporativos legítimos, mesmo sem qualquer relação de trabalho com as empresas usadas como fachada. Para atrair vítimas, ofereciam planos particulares com descontos irreais e sem período de carência.
Após o contrato, os criminosos registravam o cliente como se fosse funcionário de uma empresa e passavam a cobrar valores por Pix ou boletos falsos. A fraude gerava lucro duplo. De um lado, os criminosos embolsavam o dinheiro das vítimas; de outro, a operadora era obrigada a arcar com benefícios mais caros, recebendo em troca valores reduzidos de planos corporativos.
O esquema foi descoberto após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectar movimentações suspeitas de milhões de reais entre contas de empresas e pessoas físicas ligadas ao grupo, sem justificativa econômica.
A Justiça determinou o sequestro de bens para ressarcir parte do prejuízo. Foram bloqueados R$ 5 milhões de cada investigado, além de 16 veículos e três imóveis. As buscas ocorrem no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraíba.