Começa na manhã desta segunda-feira (22/9) o julgamento de 14 policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, a Rota, acusados de matar a tiros dois homens desarmados em agosto de 2015, em São Paulo.
O Ministério Público do estado (MPSP) acusa os agentes também forjaram o local do crime para parecer que houve confronto e justificar a execução de Hebert Lúcio Rodrigues Pessoa e Weberson dos Santos Oliveira com 16 tiros cada.
O MPSP disse que as vítimas não se conheciam e só tinham em comum o fato de terem histórico de antecedentes criminais.
O julgamento está marcado para começar às 9h30 na 5ª Vara do júri do Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista.
A juíza Maria Gabriela Riscali Tojeira deverá presidir o júri popular e dar a sentença a partir da decisão da maioria dos jurados, se condenarão ou absolvirão os réus.
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Os PMs são acusados de homicídio doloso, quando há intenção de matar, e fraude processual, que é modificar um local de crime.
Os agentes da Rota alegaram legítima defesa. Eles afirmaram, em interrogatório, que perseguiam um suposto carro roubado com três pessoas dentro e disseram que houve troca de tiros.
Hebert foi abordado pela Rota em Guarulhos, na Grande São Paulo, e depois foi levado a Pirituba, na zona norte da capital, onde foi executado pelos agentes. No mesmo lugar, Weberson também foi morto pela PM.