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    Por anistia, líder da oposição encontrará caciques do PP-União

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    O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), encontrará na próxima segunda-feira (15/9) os caciques da federação União Progressista. O senador quer angariar apoio na Casa ao projeto de anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    O encontro de Marinho ocorrerá com os presidentes do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), e do União Brasil, o advogado Antônio Rueda. Juntas, as siglas somam 14 cadeiras, formando a maior bancada do Senado.

    Na avaliação da oposição, a maior resistência à proposta de anistia está no Senado. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), indicou que não pautaria uma proposta “ampla, geral e irrestrita”. Ele não quer deflagrar uma nova crise com o Supremo Tribunal Federal (STF).

    6 imagensSenador Rogério Marinho (PL-RN)Eduardo acredita que Jair Bolsonaro possa ficar em prisão domiciliarO presidente da Câmara, Hugo MottaBandeiras dos Estados Unidos se misturaram à bandeiras do Brasil em manifestações da direita em BrasíliaManifestantes usaram correntes para simbolizar o que classificam como prisão políticaFechar modal.1 de 6

    O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão

    HUGO BARRETO/METRÓPOLES
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    Senador Rogério Marinho (PL-RN)

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    Eduardo acredita que Jair Bolsonaro possa ficar em prisão domiciliar

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    O presidente da Câmara, Hugo Motta

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    Bandeiras dos Estados Unidos se misturaram à bandeiras do Brasil em manifestações da direita em Brasília

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    Manifestantes usaram correntes para simbolizar o que classificam como prisão política

    Vinícius Schmidt/Metrópoles (@vinicius.foto)

    Na Câmara, a situação parece mais maleável para a oposição. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem resistência à anistia, mas já sinalizou que pode pautar a proposta devida à adesão de uma ala do Centrão.

    Anistia é saída para Bolsonaro após condenação

    Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão, por liderar uma trama golpista para tentar manter-se no poder após a derrota eleitoral de 2022. Outros seis aliados pegaram penas que variam de 16 a 26 anos, com exceção do delator Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens da Presidência foi condenado a dois anos em regime aberto. A Primeira Turma da Corte ainda determinou oito anos de inelegibilidade aos condenados.

    Nesse sentido, a anistia passou a ser vista como a única chance para Bolsonaro escapar de uma eventual prisão, após a Corte analisar os últimos recursos da sua defesa. A proposta será discutida pelo colégio de líderes da Câmara na terça-feira (16/9), e os bolsonaristas acreditam que há mais chances de o projeto ser pautado se a resistência no Senado diminuir.

    Após a condenação de Bolsonaro, Marinho comentou ao Metrópoles: “É um jogo combinado. Alguém esperava um resultado diferente? A solução está aqui no Congresso Nacional agora. É a vez da anistia e vamos trabalhar por ela”.

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