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    Por apoio de Bolsonaro, Tarcísio arrisca e abraça bandeira da anistia

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    Para pavimentar sua ascensão como principal herdeiro político de Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, abraçou a bandeira da anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

    O governador, em sua campanha, defende a medida como um caminho para a “reunião com a liberdade e a esperança”.

    No vídeo ele argumenta que a anistia é uma ferramenta histórica no Brasil, utilizada em diversos momentos, desde a colônia até a Lei de 1979, para pacificar o país.

    “E porque não dar anistia agora? Pedir anistia não é uma heresia”, diz Tarcísio

    A campanha, vista como um gesto de lealdade, posiciona oficialmente o governador de São Paulo no centro de uma complexa dinâmica de poder e conflitos internos na direita.

    Apesar da tentativa descarada de Tarcísio pelo apoio e aprovação do clã Bolsonaro, a pressão dos filhos do ex-presidente tem sido intensa.

    Carlos Bolsonaro chegou a declarar, se referindo a governadores que têm pretensões presidenciais, que “todos se comportam como ratos, sacrificam o povo pelo poder e não são em nada diferentes dos petistas que dizem combater”.

    A fala, endossada por Eduardo Bolsonaro, reflete a desconfiança da família em relação a aliados que, após a inelegibilidade de Jair, buscam um caminho próprio para 2026.

    Em um desabafo revelador, Tarcísio questionou por que “ele [Eduardo] me pegou pra cristo”, evidenciando a tensão nos bastidores.

    Ao defender a anistia, Tarcísio pode estar caindo em uma “armadilha bolsonarista”, na qual precisa provar sua lealdade para garantir o apoio rumo à eleição de 2026.

    A campanha, portanto, é menos sobre convicção e mais sobre um movimento estratégico para consolidar seu espaço na liderança da direita. Trocando em miúdos, é um movimenro considerado de alto risco político.

    Veja o vídeo: