Você já parou para pensar em como o dinheiro atravessa muitas relações? Sucessos recentes, como o filme Amores Materialistas ou até a novela Vale Tudo, levantam questões sobre como a “bufunfa” é um ponto importante no dia a dia.
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Ainda assim, é comum questões financeiras se tornarem um imbróglio desde o começo de um relacionamento.
A psicóloga Olívia Benetasso aponta que o tema dinheiro, embora faça parte da vida cotidiana de todos os casais, ainda desperta desconforto, silêncio e até brigas quando entra em pauta nos relacionamentos.
“Cada pessoa traz consigo crenças centrais sobre valor próprio, sucesso, amor e merecimento, muitas vezes internalizadas desde a infância”, explica. “Essas ideias influenciam os pensamentos automáticos diante do tema e despertam emoções como vergonha, culpa ou medo de julgamento. Com isso, a conversa sobre finanças acaba sendo evitada, e o silêncio se torna uma forma de proteger-se do desconforto, mesmo que isso prejudique a relação.”
Bárbara Meneses, psicóloga e sexóloga comenta que falar sobre dinheiro traz consigo uma série de questões pessoais e também da relação. “Envolve uma situação de vulnerabilidade e relação de poder dentro de um relacionamento.”
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É “errado” buscar alguém estável financeiramente?
Olívia explica que desejar estar com alguém que ofereça segurança emocional, financeira ou relacional, não é, necessariamente, sinal de interesse utilitário.
“Desejar segurança é legítimo e faz parte das necessidades humanas básicas. O problema não está em considerar o aspecto financeiro, e sim em reduzir toda relação a ele”, comenta.
A psicóloga salienta que identificar e reestruturar pensamentos como “se me importo com dinheiro, não é amor de verdade” ajuda a compreender que afeto e cuidado podem coexistir com a busca por estabilidade.
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Buscar alguém estável financeiramente para um relacionamento não necessariamente torna alguém interesseira(o). Pode ser apenas uma necessidade de segurança.
“O que vai definir se é se é interesse ou se é algo negativo é a intenção da pessoa. Às vezes, a motivação é só o dinheiro pelo dinheiro em si. Não tem afeto, não tem respeito, não tem troca, não tem diálogo, não tem intimidade, é só realmente a necessidade do dinheiro — o que torna algo ruim”, acrescenta Bárbara.
Dinheiro é protagonista de muitas discussões de casal
Isso ocorre porque cada pessoa tem crenças diferentes sobre o valor e o uso do dinheiro, na visão das experts. “Enquanto um parceiro pode acreditar que guardar é sinônimo de responsabilidade, o outro pode entender que gastar com lazer é a melhor forma de aproveitar a vida. Quando essas crenças não são discutidas, surgem conflitos constantes”, defende Olívia.
Ela dá dicas para quem passa por situações assim:
- Identificar as crenças que estão por trás dos comportamentos,
- Flexibilizar pensamentos rígidos e
- Investir em uma comunicação assertiva.
Em vez de acusações como “você gasta demais”, reformule como “eu me sinto inseguro(a) quando vejo muitas compras, podemos pensar em um planejamento juntos(as)?”.
“Ao compreender que o tabu do dinheiro nos relacionamentos não está apenas nos números, como nas crenças disfuncionais que o cercam, é possível transformar esse tema em um espaço de diálogo e parceria. Quando os casais aprendem a conversar sobre finanças com clareza e respeito, fortalecem não apenas a vida financeira, mas também a intimidade e a confiança mútua”, reforça.