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Por que o Centrão passou a apoiar a anistia na Câmara

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Por que o Centrão passou a apoiar a anistia na Câmara

A reunião de líderes da Câmara na terça-feira (2/9) marcou uma virada de posição do Centrão. Agora, a maioria dos partidos do grupo passou a defender que Hugo Motta paute a votação do projeto da anistia ao 8 de Janeiro na Casa.

Ao menos dois motivos sacramentaram a mudança de posição do Centrão, segundo caciques do bloco. O primeiro e mais importante seria a entrada do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na articulação.

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Tarcísio de Freitas em evento empresarial em SP

Pablo Jacob/Governo do Estado de SP/ Divulgação2 de 3

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o presidente do Republicanos, Marcos Pereira

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto3 de 3

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)

Pablo Jacob/ Governo de São Paulo

Tarcísio passou os últimos dias mergulhado no assunto. No fim de semana, conversou com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ(. Na segunda-feira (1°/9), falou com Mottacom o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Na terça-feira (2/9), dia em que o STF começou a julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro no âmbito do inquérito do golpe, o governador paulista desembarcou em Brasília para novas conversas sobre a anistia.

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A mudança de posição do Centrão também contou com uma “ajudinha” do PT. Lideranças do grupo ficaram irritadas com a postura do partido de repercutir uma acusação contra o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).

Petistas compartilharam nas redes uma matéria do portal ICL que apontava um suposto envolvimento de Ciro com empresas alvos da operação deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira (29/8), por suposta ligação com o PCC.

A postura do PT em relação a Ciro também influenciou na decisão da federação União-PP de acelerar o desembarque do governo, anunciado na terça-feira. No próprio anúncio, as siglas destacaram que passariam a defender a anistia.

Somou-se a isso a crítica feita por Lula ao presidente do União Brasil, Antonio Rueda, na última reunião ministerial. No encontro, o petista disse que Rueda não gosta dele e que a recíproca era verdadeira.

O próprio anúncio de desembarque de PP e União Brasil também contribuiu para a mudança de postura do Centrão. Sem ligação com o governo, as siglas se sentiram mais livres para apoiar publicamente a anistia.

A ideia do Centrão e da oposição é intensificar as articulações pelo projeto nos próximos dias e convencer Hugo Motta a pautar a proposta logo após o término do julgamento de Bolsonaro no STF.

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