O principal alvo da Operação Paroxismo deflagrada pela Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3/9), é o prefeito de Macapá, Antônio Paulo de Oliveira Furlan (MDB), conhecido como Dr. Furlan.
A ação investiga suspeitas de fraude em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro ligadas às obras do Hospital Geral Municipal de Macapá (AP). Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Macapá e em Belém (PA).
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De acordo com as apurações, agentes públicos e empresários teriam montado um esquema estruturado para direcionar a licitação do contrato de R$ 69,3 milhões, firmado em maio de 2024 pela Secretaria Municipal de Saúde.
Um dos investigados chegou a sacar R$ 9 milhões em espécie, quantia que teria alimentado o ciclo de lavagem de capitais.
O grupo, segundo a PF, recorria a entregas físicas de dinheiro vivo e a movimentações bancárias simuladas, numa tentativa de mascarar a origem ilícita dos valores. Os investigados podem responder por corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
Polêmica
A operação chega poucos dias após uma nova crise envolvendo o nome de Furlan. Em 17 de agosto, o prefeito foi filmado aplicando um “mata-leão” em um jornalista, durante vistoria às obras do hospital na zona norte da cidade. O episódio ganhou repercussão nacional.
Na ocasião, a Prefeitura alegou que o gestor reagiu a “agressões verbais e físicas” por parte de blogueiros e que servidoras teriam sido hostilizadas. O caso segue em apuração.
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