Estudo realizado pelos meteorologistas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil do Estado de São Paulo indica que setembro de 2025 será marcado por uma transição gradual entre o inverno e a primavera, com predomínio de tempo seco e altas temperaturas no interior, alternância de períodos estáveis e instáveis no litoral e, somente na reta final do mês, o retorno mais consistente das chuvas.
Esse período representa o encerramento da fase mais seca do inverno, caracterizada por ar frio e baixa umidade, e a retomada progressiva de umidade e precipitações típicas da primavera. A circulação de ventos passa a favorecer maior transporte de umidade, ampliando a ocorrência de pancadas irregulares de chuva, muitas vezes fortes e acompanhadas de trovoadas. Esse novo padrão tende a se intensificar em outubro, consolidando o início do período chuvoso.
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Pessoas caminham durante frio e baixa temperatura na capital paulista
Paulo Pinto/Agência Brasil2 de 25
Chegada de frente Fria no centro da capital Paulista
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Em alerta para baixa umidade, DF tem o dia mais frio do ano
Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles
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Combo climático com ciclone e neve deixa SC em alerta para alagamentos e hipotermia
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Mulheres caminham em dia frio em SP
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Madrugadas continuam frias em SP
Cesar Sacheto/Metrópoles7 de 25
Pessoa durante baixa temperatura e frio na capital paulista
Reprodução/ Paulo Pinto/ Agência Brasil8 de 25
Pessoa durante baixa temperatura e frio na capital paulista
Reprodução/ Paulo Pinto/ Agência Brasil9 de 25
Pessoa caminha durante frio e baixa temperatura na capital paulista
Reprodução/ Paulo Pinto/ Agência Brasil10 de 25
Onda de frio em São Paulo massa polar
Reprodução/Agência Brasil11 de 25
Onda de frio em São Paulo
Reprodução/Agência Brasil12 de 25
Nova frente fria deve derrubar temperaturas em São Paulo
Divulgação/Governo de SP13 de 25
Termômetro marca 35°C em dia de verão na Rua Sena Madureira, na Vila Mariana, em São Paulo
William Cardoso/Metrópoles14 de 25
Após dias frios, calor volta para SP ainda nesta semana. Veja quando
Paulo Pinto/Agência Brasil15 de 25
Termômetro marca 35°C na Avenida Paulista, em São Paulo
William Cardoso/Metrópoles16 de 25
Termômetro marca 34°C na Avenida Paulista, em São Paulo
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Termômetro marca 34°C na Avenida Paulista, em São Paulo
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Pedestres caminham pela Avenida Paulista, em São Paulo
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Termômetro marca 35°C na Avenida Paulista, em São Paulo
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Vendedor ambulante na Avenida Paulista, em São Paulo
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Vendedor ambulante na Avenida Paulista, em São Paulo
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Mulheres se protegem do sol à sombra na Avenida Paulista, em São Paulo
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Termômetro de rua marca 40 graus na Avenida Nove de Julho, região central de SP
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Congestionamento no meio da tarde na Rua Vergueiro, ao lado da estação meteorológica da Vila Mariana, em São Paulo
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Pedestres caminham sob o sol na Avenida Paulista
Rovena Rosa/Agência Brasil
Outro fator a ser considerado é a possível influência do fenômeno La Niña, que pode modular a distribuição de chuvas e temperaturas em São Paulo, especialmente no decorrer da primavera.
Na Grande São Paulo, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Vale do Ribeira, setembro deve alternar períodos estáveis e fases de instabilidade.
- Primeira semana: tempo seco, mínimas entre 14°C e 16°C e máximas entre 23°C e 25°C, com dias agradáveis e típicos da estação.
- Entre 12 e 17: aumento da instabilidade, com chuvas fracas a moderadas e ligeira queda nas máximas (22°C a 24°C).
- Entre 18 e 25: instabilidade fraca e intermitente, acumulados baixos e temperaturas pouco variáveis.
- Fim do mês (26 a 30): maior frequência e intensidade das chuvas, com destaque para o dia 29, quando os volumes devem ser elevados.
Regionalmente, a Grande São Paulo deve sentir maior impacto da chuva a partir do dia 22, podendo gerar transtornos de mobilidade. A Baixada Santista tende a registrar volumes mais expressivos, sobretudo nos dias 28 e 29, com risco de alagamentos, redução de visibilidade e agitação marítima. O Vale do Paraíba deve ter chuvas irregulares e noites frias, enquanto o Vale do Ribeira apresenta maior risco de deslizamentos em áreas de serra na segunda quinzena.
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O sudoeste e sul do Estado terão comportamento climático distinto, influenciado pela chegada de frentes frias mais intensas vindas do Sul do Brasil.
- Entre 1º e 10: ausência de chuva e máximas de 30°C a 35°C, com pico de calor entre os dias 7 e 9.
- Entre 18 e 20: primeiras pancadas isoladas, ainda de baixo volume.
- Entre 22 e 25: novos episódios de instabilidade, mas ainda fracos.
- Fim do mês (26 a 30): aumento da instabilidade, com chuvas mais frequentes e risco de temporais, raios, ventos e até granizo, sobretudo no dia 27.
Presidente Prudente deve registrar as tardes mais quentes, Marília apresentará quedas de temperatura mais perceptíveis e Itapeva terá noites mais frias e maior chance de neblina e instabilidade no fim do mês.
Já as regiões do interior norte, centro, noroeste e oeste (Barretos, Franca, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas e Sorocaba) apresentam padrão mais homogêneo, típico do interior paulista nesta época: calor, baixa umidade e grande amplitude térmica.
- Entre 1º e 10: máximas entre 33°C e 36°C, com destaque para os dias 8 e 9, quando a umidade pode cair abaixo de 20%.
- Após o dia 11: breve queda nas temperaturas, sem avanço significativo de umidade.
- Entre 13 e 17: forte amplitude térmica em cidades como Franca, Barretos e Ribeirão Preto, com umidade chegando a valores críticos próximos a 12%.
- Entre 16 e 20: primeiras pancadas isoladas, mais perceptíveis em Campinas e Sorocaba.
- Fim do mês (25 a 30): instabilidade mais significativa, com o dia 30 despontando como o mais chuvoso do período, especialmente em Araraquara, Campinas e Sorocaba.
Campinas e Sorocaba se destacam como áreas de transição, antecipando o retorno da umidade, enquanto Ribeirão Preto, Franca, Barretos, São José do Rio Preto e Araçatuba devem sentir os efeitos da primavera apenas no fim de setembro.
Setembro de 2025 se configura como um mês de transição no Estado de São Paulo:
- Primeira quinzena: predomínio de calor e tempo seco, com umidade em níveis críticos no interior.
- Segunda quinzena: retorno gradual das chuvas, ainda de forma isolada e irregular.
- Fim do mês: maior instabilidade, com volumes mais expressivos no litoral e áreas do centro-leste do estado, enquanto o interior experimenta temporais localizados.
A Defesa Civil reforça a importância de cuidados durante este período: evitar queimadas, manter a hidratação, proteger-se do calor e acompanhar os alertas emitidos pelo órgão, especialmente no fim do mês, quando aumenta o risco de eventos meteorológicos adversos.