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    Presidente da CLDF pede apoio à bancada do PT por reajuste da PCDF

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    Durante fala no plenário da Câmara Legislativa (CLDF), o presidente da Casa, o deputado Wellington Luiz (MDB), pediu apoio da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na luta pelo reajuste dos policiais do Distrito Federal.

    Na ocasião, o parlamentar subiu à tribuna para solicitar uma intermediação dos distritais do partido em prol das forças de segurança.

    “Queria pedir aos nobres companheiros do partido do PT [na CLDF] ajuda para destravar o acordo [do reajuste] com o presidente Lula. O governo do DF, que tem a chave do cofre, já manifestou sua vontade. Agora, contamos com o presidente Lula para que isso seja resolvido”, disse o presidente.

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    Durante breve fala, o deputado Wellington Luiz afirmou que “se não houver um acordo, haverá uma reação das categorias”.

    Ainda segundo o parlamentar, nesta quarta-feira (2/9), o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), bem como o sindicato dos delegados, farão Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para discutir a proposta apresentada pelo governo federal para a concessão do reajuste salarial da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

    A mediação da negociação salarial da PCDF está sendo mediada por deputados distritais, federais e representantes das polícias Civil e Militar do Distrito Federal, além do ex-ministro do governo Lula, José Dirceu.

    Assembleia

    A recusa da proposta de paridade salarial da Polícia Civil do DF (PCDF) com a Polícia Federal (PF) durante a negociação com o Ministério da Gestão e Inovação, no dia 22 de agosto deste ano, não agradou o Sinpol-DF.

    “A participação de toda a categoria é fundamental, considerando a relevância da decisão que será tomada em prol da valorização e do reconhecimento dos policiais civis do DF”, diz a convocação da Sinpol-DF.

    “O resultado está longe de ser satisfatório. Foi frustrante. A pergunta que não cala é: se não para o policial civil, para onde será destinado o recurso que já foi reservado pelo GDF [Governo do Distrito Federal] para o reajuste? Não desistiremos. Seguimos firmes, porque a luta permanece sendo alcançar a justiça para o nosso pleito”, afirmou o presidente do sindicato.

    A Assembleia será realizada no Teatro UNIP Brasília, na SGAS 913, Asa Sul, com a primeira chamada marcada para as 14h e segunda chamada às 14h30.

    Negociação

    Em reunião realizada no dia 22 de agosto, 0 governo federal ofereceu, em vez da paridade, um reajuste de 18% em duas parcelas: uma paga em setembro de 2025, e a outra, em abril de 2026.

    O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), já havia levado a proposta de equiparação salarial entre as polícias Civil e Federal ao governo Lula, que é responsável por pagar os salários das forças de segurança da capital, por meio do Fundo Constitucional do Distrito Federal.

    Diferença salarial entre PCDF e PF

    Em negociação com o governo federal em busca de equiparação de salário, a Polícia Civil (PCDF) argumenta sobre a discrepância entre os valores das remunerações das corporações.

    O cargo de delegado/perito especial da Polícia Civil da primeira classe, por exemplo, recebe R$ 7 mil a menos que um da Polícia Federal, sendo a maior diferença entre os servidores da mesma ocupação.

    A proposta apresentada pelo GDF prevê que o reajuste seja pago em duas parcelas: em setembro de 2025 e em maio de 2026.

    O governo do DF encaminhou ao MGI, em abril, os dados sobre a projeção de receitas e despesas da PCDF, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) até 2030. O ministério, desde então, analisava as informações.