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    “Princesinha do crime”: quem é a mulher que fugiu de presídio em SP

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    Conhecida como “Princesinha do crime”, a mulher que foi resgatada e fugiu de um presídio feminino na zona oeste de São Paulo nesta quinta-feira (18/9) se apresentava nas redes sociais como uma recepcionista com anos de experiência.

    Em um dos perfis, a biografia de Rafaela Sampaio Camorim afirma que a jovem de 27 anos é capaz de “oferecer amplo suporte administrativo, coordenando as atividades de atendimento”, além de destacar habilidades no encaminhamento de chamadas telefônicas, distribuição de correspondências e esclarecimento de dúvidas dos visitantes, “com uma postura cordial e assertiva”. A página da criminosa ainda alega que ela se formou em pedagogia pela Faculdade São Bernardo em 2020.

    Fora das redes sociais, no entanto, Rafaela assumia uma identidade totalmente diferente. Ela comandava uma quadrilha especializada em roubos de carros de luxo e foi condenada a 12 anos de prisão.

    A “Princesinha do crime” foi capturada em janeiro de 2022, aos 23 anos, após uma ação da Polícia Militar (PM) e da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Na ocasião, as autoridades apreenderam cinco veículos roubados.

    Fuga cinematográfica

    A criminosa estava presa no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do Butantã, na zona oeste de São Paulo, foi resgatada e no início da tarde desta quinta-feira (18/9). Conforme apurado pelo Metrópoles, um casal armado invadiu a penitenciária, rendeu vigilantes e ajudou no resgate da mulher. Autoridades realizam buscas na região.

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    De acordo com a PM, os comparsas foram até o CPP e aproveitaram o momento em que um caminhão fazia entregas para render vigilantes e invadir a penitenciária. A dupla, então, adentrou o refeitório do local, trancou uma agente de segurança em um banheiro e resgatou a presa.

    Com a ajuda do casal, a mulher deixou a prisão e fugiu. Os suspeitos seguiram sentido à Rodovia Raposo Tavares e a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) foi acionada. Helicópteros auxiliam nas buscas. Ainda conforme a PM, a motivação da fuga seria pela transferência da detenta ao regime fechado.

    Estrutura sucateada

    • Fontes do Sistema Penitenciário disseram ao Metrópoles que a unidade do CPP no Butantã está repleta de problemas estruturais.
    • Segundo relatos, o presídio opera com déficit de funcionários que atuam nas instalações internas, e também de funcionários armados responsáveis pela fiscalização nas dependências externas.
    • A unidade também teria registrado problemas em viaturas usadas para escoltas de presos.
    • Em 2021, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo solicitou a transferência imediata das detentas do CPP feminino do Butantã após uma vistoria revelar problemas nas instalações do prédio.
    • O caso da “Princesinha” não é o primeiro no local. Em 2024, sete presos fugiram do CPP do Butantã em 48h.