A Coordenadoria de Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon) deu 72 horas para a Enel, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica em São Paulo, explicar a falta de medidas efetivas após o temporal que atingiu a cidade na segunda-feira (23/9).
Na notificação, o órgão solicita informações sobre as interrupções no fornecimento registradas em diferentes pontos de São Paulo, além de detalhes sobre a possível falta de medidas efetivas de redução de danos e a demora na retomada do serviço.
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Dois documentos foram solicitados: um plano de contingência atualizado, com medidas para enfrentar eventos climáticos extremos, e um demonstrativo de investimentos, detalhando ações, obras, tecnologias e aportes financeiros feitos no último ano e resultados sobre a qualidade do fornecimento de energia em São Paulo.
Prefeito culpa Enel
Após o temporal, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou a atuação da empresa para restabelecer os serviços na capital paulista. “O maior problema que nós temos, apesar das 122 equipes para colocar a cidade na normalidade, é a Enel, que em algumas situações está demorando para desligar a energia para permitir a remoção das árvores”, afirmou durante um balanço sobre os estragos na cidade
Procurada pelo Metrópoles para comentar a fala de Nunes, a Enel afirmou que “atua em conjunto com a Defesa Civil e demais órgãos públicos sempre que é necessário desligar a energia para remoção de árvores”.
A empresa também disse que mobilizou mas de mil equipes para restabelecer a energia nas áreas mais afetadas ao longo do dia e que reforçou o plano operacional para atuação em contingências. “Desde 2024 até março deste ano, a Enel contratou cerca de 1.200 novos colaboradores próprios para reforçar a operação de campo.”
Alerta severo
A Defesa Civil do estado emitiu um alerta severo para temporais com rajadas de vento na segunda-feira (22/9) na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
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Não há registros de mortes, desaparecidos ou desabrigados até o momento
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Chuva na Avenida Brasil, zona oeste de SP
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De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a região metropolitana de São Paulo registrou 332 chamadas para quedas de árvores, 16 chamadas para desabamentos e chamadas para enchentes. Um gabinete de crise foi mobilizado pelas autoridades para auxiliar em possíveis ocorrências graves no estado.
Uma frente fria deverá avançar sobre o estado no início desta semana. Estão previstas chuvas fortes, tempestades severas, ventos intensos, alta frequência de raios e possibilidade de queda de granizo em diferentes regiões — região metropolitana, litoral e cidades do interior, como Campinas e Sorocaba.
Feridos e desalojados
- Segundo levantamento da Defesa Civil, oito pessoas ficaram feridas por conta das chuvas que atingiram o estado entre domingo (21/9) e segunda-feira (22).
- Além disso, 12 pessoas estão desalojadas, mas não há registros de mortes, desaparecidos ou desabrigados.
- Peruíbe, município no litoral paulista, registrou a maior quantidade de feridos: cinco pessoas ficaram machucadas após a estrutura de um evento cultural cair sobre elas. Quatro delas tiveram ferimentos leves e uma está em estado grave.