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PT explora guinada radical para colar em Tarcísio pecha de “golpista”

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PT explora guinada radical para colar em Tarcísio pecha de “golpista”

Principal partido de oposição em São Paulo, o PT aproveitou a guinada radical de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para tentar carimbar no governador paulista a pecha de “golpista” e “antidemocrático”.

Nas últimas semanas, Tarcísio encampou a articulação pela aprovação de um projeto de anistia que contemple o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e copiou seu padrinho político no ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF), em especial o ministro Alexandre de Moraes.

Agora com discurso cada vez mais de presidenciável, Tarcísio virou o alvo da vez na visão da esquerda, que pretende desgastá-lo junto ao eleitorado de centro.

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Tarcísio de Freitas na Avenida Paulista

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Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes em manifestação na Paulista

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Valdemar da Costa Neto, Silas Malafaia e Tarcísio de Freitas conversam durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista

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Valdemar da Costa Neto, Silas Malafaia e Tarcísio de Freitas conversam durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista

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Tarcísio de Freitas na Avenida Paulista

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Governador Tarcísio de Freitas tira selfie com público que estava em manifestação na Avenida Paulista

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Governador Tarcísio de Freitas tira selfie com público que estava em manifestação na Avenida Paulista

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Governador Tarcísio de Freitas tira selfie com público que estava em manifestação na Avenida Paulista

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Governador Tarcísio de Freitas tira selfie com público que estava em manifestação na Avenida Paulista

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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro

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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro

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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro

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Manifestantes de direita se reúnem na avenida Paulista, no dia da independência do Brasil, para pedir liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro

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A oposição da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) deve fazer uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (10/9) para anunciar o pedido de impeachment pelo “conjunto da obra”, ou seja, os ataques ao STF e a articulação pela anistia irrestrita que beneficie Bolsonaro.

Um dos pontos explorados no pedido é a viagem para Brasília para articular a anistia e suposto uso de recursos públicos do Estado para isso. Também estão no pacote as falas contra a Suprema Corte e a classificação do ministro Alexandre de Moraes como tirano. Os argumentos servirão para acusar o governador de incitar descumprimento de ordens judiciais e afronta ao Estado de Direito.

O documento será assinado pelos deputados Antonio Donato, líder da Federação PT/PCdoB/PV, e Guilherme Cortez, líder da Federação PSOL/Rede. Em suas redes, Donato já havia feito um vídeo com os argumentos da oposição para o pedido de impeachment de Tarcísio.

“Tarcísio de Freitas é um golpista? Bom, essa última semana não deixou dúvidas”, disse, enumerando a articulação pela anistia e as declarações de Tarcísio na manifestação, caracterizando o governador como autor de crime de responsabilidade.

Passaporte

O deputado federal Rui Falcão (PT) já havia protocolado no STF um pedido para que o governador tivesse o passaporte apreendido por obstrução de Justiça por supostamente ter buscado “uma interferência direta no exercício do Poder Judiciário, com o pretexto de tramitação de um projeto de anistia destinado a beneficiar Jair Bolsonaro e outros réus da trama golpista”.

Falcão ainda protocolou na Corte outro pedido por suposto crime de coação no curso do processo, incitação ao crime e abolição violenta do Estado Democrático de Direito pelas falas de Tarcísio na Paulista. A representação foi endereçada ao gabinete do próprio ministro Moraes e tem o aval de Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara dos Deputados.

O discurso parece afinado também entre outros partidos de oposição. Na manifestação da esquerda do 7 de Setembro, no centro de São Paulo, o deputado federal Orlando Filho (PCdoB), reforçou o coro.

“Essa semana, mais um golpista botou a cara para fora, chamado Tarcísio de Freitas. Ele deveria estar no Palácio dos Bandeirantes e foi para Brasília. ‘Tarcisio, deixe de ser vagabundo e vai trabalhar’”, disse.

Radicalização

Escolhido pelo centrão como candidato preferido na tentativa de derrotar Lula, Tarcísio passou a fazer demonstrações cada vez mais incisivas visando se cacifar como herdeiro político de Bolsonaro, embora o discurso oficial ainda seja de que ele será candidato à reeleição. O movimento começou quando o governador paulista entrou de cabeça na articulação da anistia ao ex-presidente.

O gesto mais agressivo foram as declarações do governador no protesto de 7 de Setembro na avenida Paulista. “Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega”, afirmou, citando a existência de um “ditador de toga”. Ao ouvir gritos de “fora, Moraes”, o governador chamou o ministro de ditador. “Por que é que vocês estão gritando isso? Talvez porque ninguém aguente mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo neste país”, afirmou.

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Para uma fonte do Palácio dos Bandeirantes, o ataque foi visto como pontual e gerado pelo momento político – isto é, a proximidade com o fim da ação penal contra Bolsonaro. O julgamento de Bolsonaro começou com votos de Alexandre de Moraes e Flavio Dino para condenar o ex-presidente e mais 7 réus na ação que julga suposta tentativa de golpe de Estado.

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