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PT quer incluir conselheiro do TCESP em inquéritos de Moraes no STF

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PT quer incluir conselheiro do TCESP em inquéritos de Moraes no STF

Aprovado como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), Wagner Rosário, que atuava como controlador-geral do Estado (CGE) na gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), é alvo de uma ação do deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP) no Supremo Tribunal Federal (STF).

A denúncia pedia que a indicação de Rosário fosse suspensa, o que perdeu o objeto com a aprovação do nome na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) por 59 votos a 16, mas os petistas ainda nutrem esperança com uma parte do documento. Há um pedido do parlamentar para que Rosário seja incluído nos inquéritos das Fake News e das Milícias Digitais, relatados pelo ministro Alexandre de Moraes, no STF.

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Na representação, o petista usa como argumento a reunião ministerial de 5 de julho de 2022, da qual Rosário participou como ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), cargo que ocupou entre 2017 e 2022, durante os governos dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

No episódio, Rosário questionou se a reunião era gravada, Bolsonaro respondeu que havia gravação apenas de sua fala, o que não se confirmou meses depois, quando o vídeo da reunião completa foi encontrado no computador do ex-ajudante de ordens Tenente-Coronel Mauro Cid e anexado na ação penal sobre tentativa de golpe de Estado.

“Essa reunião foi qualificada pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, como parte do esforço de construção de uma “dinâmica golpista” que envolveu núcleos políticos, de produção e de difusão de conteúdos desinformativos, em sintonia com o que vem sendo apurado nos Inquéritos nº 4.781 [das Fake News] e nº 4.874 [das Milícias Digitais]”, diz a denúncia.

A representação também contextualiza o pedido de impugnação do nome de Rosário ao TCE com o ataque que Tarcísio fez a Moraes, o comparando a um “ditador” e um “tirano”, no ato bolsonarista do último dia 7/9 na Avenida Paulista. Segundo a representação, a fala “atentatória ao papel constitucional desta Corte, municiou redes de desinformação” para atacar sistematicamente o Judiciário.

“Não se trata, portanto, de retórica política isolada, mas de estratégia deliberada de corrosão institucional, conjugada com a tentativa de projetar aliados ideológicos em órgãos de controle”, escreveu Emídio de Souza no documento.

A denúncia foi encaminhada em 9/9, com pedido de informação à Procuradoria-Geral da República (PGR). Até o momento, nem a PGR, nem o ministro do STF Moraes se manifestaram sobre a notícia de fato do deputado estadual.

Quem é Wagner Rosário

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