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Receita Federal criará delegacia para combater crime organizado

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Receita Federal criará delegacia para combater crime organizado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (25/9) que a Receita Federal terá uma delegacia especializada no combate ao crime organizado. De acordo com ele, o pedido será encaminhado ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI) e a delegacia deverá ser instalada nas próximas semanas.

O ministro afirmou que a nova delegacia será muito útil para que o combate ao crime organizado seja estruturado independente de qual seja o governo no poder. “Ao institucionalizar, você impede retrocessos, quando se cria um órgão de estado para tal finalidade, fica mais difícil continuar com a prática”, disse ele em entrevista coletiva no Ministério da Fazenda, em Brasília.

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Ele disse ainda que espera que as operações continuem acontecendo. “Tem muita coisa para fazer”, avaliou. Questionado se seria necessária a intervenção das forças armadas, o ministro afirmou que é o poder civil que deve se organizar para combater o crime organizado.

O ministro destacou que a Operação Spare, deflagrada na manhã desta quinta-feira, é um desdobramento da operação Carbono Oculto, realizada no final de agosto. De acordo com o ministro, a operação afetou cerca de 200 postos de gasolina, mais de 60 motéis e 14 empreendimentos imobiliário, ao todo foram as atividades criminosas  movimentaram mais de R$ 4,5 bilhões entre 2020 e 2024, mas recolheram apenas R$ 4,5 milhões em tributos federais – o equivalente a 0,1% do total movimentado.

De acordo com a Receita Federal, também foram identificadas administradoras de postos que movimentaram R$ 540 milhões no mesmo período.

As informações da Receita apontam que forma identificados 21 CNPJs ligados a 98 estabelecimentos relacionados a uma mesma franquia, todos em nome de alvos da operação. “Embora operacionais, essas empresas apresentavam indícios de lavagem de dinheiro. Entre 2020 e 2024, movimentaram cerca de R$ 1 bilhão, mas emitiram apenas R$ 550 milhões em notas fiscais”, afirmou em nota.

Haddad avaliou que muitas empresas agem entre a legalidade e a ilegalidade, o que dificulta a identificação e fiscalização desses setores.

Operação Carbono Oculto

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