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    Relator da anistia terá de atender a direita “em algo”, dizem líderes

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    Apesar de o relator da anistia, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), dizer que não tem como propor uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, líderes do Centrão admitem que o texto terá de conter algum gesto à direita bolsonarista.

    Segundo caciquesdo bloco, o grande responsável por conseguir fazer o projeto anistia andar na Câmara foi o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ). Assim, não haveria como propor um texto que agrade só governistas e Centrão.

    3 imagensDeputado Paulinho da ForçaDep. Paulinho da Força (SOLIDARIEDADE - SP)Fechar modal.1 de 3

    O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator da anistia

    Breno Esaki / Metrópoles2 de 3

    Deputado Paulinho da Força

    Breno Esaki/Metrópoles3 de 3

    Dep. Paulinho da Força (SOLIDARIEDADE – SP)

    Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

    Nesse cenário, o principal desafio do relator, avaliam líderes, será conciliar o texto idealizado pelo Centrão — com apenas uma redução de penas que mantenha Jair Bolsonaro preso e longe das urnas — com a proposta bolsonarista.

    Em entrevista ao Metrópoles, Paulinho da Força afirmou que não dá para aprovar a anistia desejada pelos bolsonaristas. Disse ainda que o projeto original cuja urgência foi votada não teria condição de ser aplicado.

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    “Pelo que já vem sendo conversado, acho que eles (os bolsonaristas) sabem que não dá para passar (a versão ampla). Tanto que o projeto cuja urgência foi votada não tinha mais o benefício amplo, geral. Mesmo o perdão proposto pelo (Marcelo) Crivella, na verdade, foi só uma base para a urgência; ele não tem condição de ser aplicado”, explicou Paulinho da Força.

    Com tantos interesses a serem contemplados, o relator deve enfrentar dificuldade para fechar um texto a tempo de ser votado já na próxima semana, como deseja o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).